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Mercado internacional pressiona açúcar

Os números finais da safra 2024/25 no Centro-Sul foram divulgados pela UNICA



Os números finais da safra 2024/25 no Centro-Sul do Brasil foram divulgados pela UNICA Os números finais da safra 2024/25 no Centro-Sul do Brasil foram divulgados pela UNICA - Foto: Pixabay

Segundo relatório do Itaú BBA, os preços do açúcar no mercado internacional apresentaram retração de 3,3% em março e recuaram mais 7,1% nos primeiros 15 dias de abril, sendo cotados a 17,52 centavos de dólar por libra-peso no dia 15/04. A pressão vem tanto da instabilidade macroeconômica e da desvalorização do real quanto das vendas da Tailândia, que, apesar de já ter encerrado a safra, ainda não fixou praticamente metade do volume a ser comercializado.

Os números finais da safra 2024/25 no Centro-Sul do Brasil foram divulgados pela UNICA e surpreenderam positivamente, mesmo com os impactos do clima seco no ano anterior. A moagem totalizou 622 milhões de toneladas, uma queda de 5% em relação à safra anterior, evidenciando a resiliência da cana-de-açúcar. A produção de açúcar foi de 40,2 milhões de toneladas, também 5% menor, e a de etanol à base de cana atingiu 26,8 bilhões de litros, uma redução de 2%. O mix de produção destinado ao açúcar foi de 48,1%, levemente abaixo dos 48,9% da safra passada — impacto relacionado à qualidade da matéria-prima, e não aos preços, já que o açúcar continuou mais rentável que o etanol.

Para a safra 2025/26, iniciada em abril, o Itaú BBA revisou para baixo a estimativa de moagem, reduzindo de 601 para 590 milhões de toneladas, em razão do clima mais seco observado nos meses de fevereiro e março. Com chuvas abaixo da média, o impacto sobre o desenvolvimento da cana já é visível. Apesar disso, a expectativa de produção de açúcar é de 41,2 milhões de toneladas, 2,7% acima da safra 2024/25, considerando um ATR médio de 141 kg/t de cana e um mix de açúcar de 52%.

O cenário indica que, mesmo diante de adversidades climáticas e de pressão internacional, o setor sucroenergético brasileiro segue adaptando-se com estratégias que mantêm a competitividade do açúcar nos mercados externo e interno.
 

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