Boi gordo tem nova queda com pressão do mercado
Mercado do boi sente impacto de tarifas dos EUA

O mercado do boi gordo registrou novas quedas de preços nesta quinta-feira (17), com destaque para o estado de São Paulo. Segundo a análise “Tem Boi na Linha”, divulgada pela Scot Consultoria, os vendedores elevaram a oferta de animais diante das incertezas relacionadas às tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros. A consultoria afirmou que “os abatedouros aproveitaram o momento de pressão e retomaram as compras de forma mais ativa”.
Ainda de acordo com a Scot, “se na semana passada boa parte dos compradores estava fora do mercado, nesta semana, a movimentação aumentou”. Em São Paulo, a cotação do boi gordo caiu R$ 4,00 por arroba, enquanto o chamado “boi China” teve recuo de R$ 3,00 por arroba. As fêmeas também registraram baixa: queda de R$ 2,00 por arroba. As escalas de abate no estado atendem, em média, a oito dias.
Em Minas Gerais, os recuos também foram verificados. A Scot apontou que tanto no Triângulo Mineiro quanto na região de Belo Horizonte houve aumento na oferta de bovinos e redução na demanda por carne. “No Triângulo, o preço do boi gordo e da vaca caiu R$ 2,00 por arroba, e o da novilha, R$ 5,00”, informou a consultoria. Já na capital mineira, todas as categorias recuaram R$ 5,00 por arroba.
Em Goiás, o mercado segue cauteloso. A Scot explicou que “abatedouros com escalas confortáveis têm pressionado os preços, enquanto parte dos compradores permanece fora das compras”. Em Goiânia, o boi gordo caiu R$ 2,00 por arroba, a vaca R$ 3,00 e a novilha R$ 5,00. As escalas de abate no estado estão, em média, para 11 dias. Na região Sul de Goiás, os preços permaneceram estáveis, embora a consultoria tenha apontado tendência de baixa. As escalas estão em torno de cinco dias.