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Mercado do trigo segue travado no Sul

Em Santa Catarina, os moinhos estão focados na administração dos estoques



Em Santa Catarina, os moinhos estão focados na administração dos estoques já adquiridos Em Santa Catarina, os moinhos estão focados na administração dos estoques já adquiridos - Foto: Agrolink

Apesar da recente queda do dólar, o preço FOB do trigo argentino subiu, o que tem gerado cautela nas negociações internas no Sul do Brasil. Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado gaúcho permanece lento, com compras pontuais concentradas para embarques em setembro. Os preços variam conforme a qualidade e localização do trigo: ofertas mais comuns giram em torno de R$ 1.380,00 posto moinho na região de Porto Alegre/Canoas e Serra, e R$ 1.350,00 no centro do estado. Negócios muito pontuais têm ocorrido a R$ 1.300,00 para trigo de boa qualidade com pagamento para setembro.

No mercado de exportação, compradores têm oferecido R$ 1.300,00 por tonelada para trigo padrão moagem com entrega em dezembro e pagamento em janeiro de 2026. Houve registro de 8 mil toneladas negociadas com a possibilidade de converter o produto em trigo para ração com deságio de 20%. Enquanto isso, os moinhos seguem ausentes nas compras, relatando margens reduzidas e moagem em baixa.

Em Santa Catarina, os moinhos estão focados na administração dos estoques já adquiridos, com compras apenas pontuais. A ampla oferta de trigo gaúcho impede a valorização dos preços, que se mantêm entre R$ 1.330,00 e R$ 1.360,00 FOB. Os preços pagos ao produtor seguem estáveis: R$ 78,00/saca em Canoinhas e Rio do Sul, R$ 75,00 em Chapecó e R$ 72,00 em Joaçaba. Há ainda uma queda de cerca de 20% na venda de sementes para a próxima safra, e a Conab projeta redução de 6,3% na produção estadual.

No Paraná, os moinhos estão atentos às variações cambiais e ao valor do trigo argentino. Poucos negócios são fechados a R$ 1.450 CIF para trigo de excelente qualidade, enquanto alguns vendedores insistem em R$ 1.500 FOB. Para a safra futura, compradores oferecem R$ 1.400 para outubro e R$ 1.350 para novembro, ambos postos no moinho. A oferta maior que o esperado nas regiões Norte e Oeste do estado pressiona o mercado. O preço médio pago aos agricultores caiu 0,16% na semana, para R$ 77,07/saca, o que, com o custo de produção em R$ 72,89, elevou o lucro médio para 5,73%.
 

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