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Preços das terras agrícolas apresentam redução no Paraná

Os valores variam de acordo com a região e a qualidade da terra


Foto: Nadia Borges

Um levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, revelou que os preços das terras agricultáveis no estado, classificadas no grupo A, registraram uma redução média de 5% em março deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Conforme as informações da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, essa queda é atribuída à menor rentabilidade obtida com a soja, que é o principal ponto de referência na comercialização das terras paranaenses. No último ano, o preço da saca de soja despencou 29%, passando de R$ 149,15 para R$ 105,72, enquanto o custo de produção por saca caiu 12%, de R$ 122 para R$ 107,22.

O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (29), serve como um indicador para negociações entre proprietários e é utilizado como referência por entidades como o Incra.

Os valores variam de acordo com a região e a qualidade da terra. A classe A-I, considerada a mais valorizada por sua fertilidade e topografia plana, alcançou o maior preço por hectare em Maringá, com R$ 175 mil. Enquanto isso, na classe IV, de menor aptidão agrícola, o valor mais baixo foi registrado em Adrianópolis, onde o hectare é avaliado em R$ 20,5 mil.

Além das terras agrícolas, o levantamento também abrange o grupo B, destinado a pastagens ou reflorestamento, com valores médios de R$ 41 mil por hectare para a classe VI e R$ 29 mil para a classe VII, representando uma redução de aproximadamente 2,4% em relação ao ano anterior.

Já o grupo C, composto pela classe VIII, engloba as terras inadequadas para agricultura, pastagem ou reflorestamento, com uma média de preço de R$ 12 mil por hectare, sendo geralmente utilizadas para preservação ambiental ou lazer.

Outro fator determinante nos preços das terras é o potencial agrícola da região. Propriedades que possibilitam a alternância entre diferentes safras são mais valorizadas do que aquelas onde a produção é limitada a uma única cultura, refletindo diretamente no valor de mercado das terras no estado.

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