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Expectativa de alta nos preços do trigo

Há uma oportunidade relevante no Centro-Oeste



Há uma oportunidade relevante no Centro-Oeste Há uma oportunidade relevante no Centro-Oeste - Foto: Pixabay

Segundo análise da TF Agroeconômica, publicada em seu relatório recente, o mercado de trigo no Brasil enfrenta um momento de baixa demanda, especialmente no Rio Grande do Sul. Apesar disso, estima-se que ainda haja cerca de 440 mil toneladas de trigo estocadas no estado, que podem ser ofertadas assim que os preços subirem. 

No Paraná, os moinhos já estão abastecidos até junho, o que dificulta valorização adicional no curto prazo. No entanto, com a chegada do inverno e o aumento no consumo de farinha, há previsão de incremento na demanda por trigo importado, o que pode elevar os preços internos, equiparando-os à paridade de importação, já observada no Paraná em torno de R$ 1.700/t CIF.

Há uma oportunidade relevante no Centro-Oeste, especialmente em Minas Gerais e Goiás, cuja produção de trigo tem qualidade superior à do Sul — com até 2% a mais de proteína. No entanto, a região ainda carece de infraestrutura de recebimento, o que limita sua competitividade no mercado interno e externo, apesar do frete mais barato em relação ao trigo argentino para destinos como África e Sudeste Asiático.

Mesmo com leves recuos nos preços durante maio, a TF recomenda aos produtores que ainda têm trigo armazenado que aguardem novas oportunidades de venda a partir de junho, quando a tendência é de alta. Para os compradores, o momento atual de baixa é ideal para recompor estoques físicos, já que o mercado futuro segue instável, influenciado por fatores políticos nos EUA, como as incertezas envolvendo Donald Trump.

Entre os fatores que sustentam o viés altista, destacam-se a reabertura da demanda chinesa — com importações de até 500 mil toneladas —, o clima seco nas Grandes Planícies dos EUA e a estimativa de menor produção americana para 2025/26. Em contrapartida, a aproximação da colheita nos EUA, boas perspectivas de safra no Mar Negro e a retração da demanda doméstica, devido à falta de margem nos moinhos, funcionam como elementos de pressão baixista no curto prazo.
 

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