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Mercado inicia semana atento a acordo EUA-China

No caso do trigo, os contratos CBOT de julho/25 fecharam a US$ 520,50 (-1,25)



No caso do trigo, os contratos CBOT de julho/25 fecharam a US$ 520,50 (-1,25) No caso do trigo, os contratos CBOT de julho/25 fecharam a US$ 520,50 (-1,25) - Foto: Agrolink

Segundo análise da TF Agroeconômica, o mercado internacional de grãos começou a semana com movimentações distintas para trigo, soja e milho, influenciado principalmente pelo recente acordo tarifário entre Estados Unidos e China. O trigo operava em leve alta após quatro semanas de queda, enquanto soja e milho apresentavam recuperação mais expressiva em Chicago. No Brasil, os preços locais ainda sentem a pressão da safra e da variação cambial, apesar de sinais de retomada.

No caso do trigo, os contratos CBOT de julho/25 fecharam a US$ 520,50 (-1,25), com a máxima em US$ 526,25 e mínima em US$ 515,50. A colheita de inverno nos EUA deve começar em até três semanas, exercendo pressão adicional sobre os preços. No Brasil, os preços caíram no Paraná (R$ 1.563,20, -1,60% no dia), mas subiram no Rio Grande do Sul (R$ 1.468,37, +0,50%). Apesar da leve queda nos preços do trigo importado, ele ainda é cerca de R$ 300/t mais caro que o produto interno gaúcho. A escassez de trigo de panificação no mercado nacional tem motivado a chegada de novos navios da Argentina nesta semana.

A soja registrou valorização expressiva na CBOT, com contratos de julho/25 cotados a US$ 1.067,25 (+15,50). A reação positiva do mercado está ligada ao anúncio do acordo entre EUA e China, que prevê redução temporária das tarifas por 90 dias. O CEPEA apontou preço estável no Brasil em R$ 132,53 (+0,01% no dia), enquanto em Assunção (Paraguai) a cotação subiu para US$ 349,47 (+2,48%). A expectativa agora gira em torno de um possível aumento da demanda chinesa, que ainda não iniciou compras da safra 2025/26 americana.

Para o milho, os preços voltaram a subir levemente em Chicago, com o contrato julho/25 cotado a US$ 452,25 (+2,40), após quatro semanas consecutivas de perdas. No Brasil, o CEPEA registrou queda diária de 1,13%, com o milho a R$ 75,07 (-6,31% no mês). A B3 mostra oscilações: R$ 74,00 em maio (+0,09%) e R$ 64,19 em julho (-0,83%). A alta nos EUA foi impulsionada pela perspectiva de novos acordos comerciais e pela expectativa sobre o relatório do USDA, que pode prever uma safra recorde. O clima também entra no radar, com previsão de chuvas nas regiões sul e leste do cinturão produtor americano.
 

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