CI

Pacote ‘anti-Trump’ é necessário, mas há risco

“O pacote é um alívio necessário, sobretudo para pequenas e médias empresas"



“O pacote é um alívio necessário, sobretudo para pequenas e médias empresas" “O pacote é um alívio necessário, sobretudo para pequenas e médias empresas" - Foto: Canva

O governo federal anunciou nesta terça-feira (13) um pacote de medidas para apoiar empresas brasileiras afetadas pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. Entre as ações estão a criação, via Medida Provisória, de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para exportadoras que perderam competitividade, além da ampliação de compras governamentais, abertura de novos mercados e priorização de produtos nacionais.

Segundo Leandro Pompermaier, presidente da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), o pacote também inclui o adiamento de tributos federais por até dois meses e compras públicas de produtos perecíveis retidos devido à taxação. Até agora, não houve avanços nas negociações bilaterais, e o Brasil tem intensificado contatos com países como Índia, Rússia e China, além de avaliar medidas de reciprocidade contra produtos norte-americanos.

“Até o momento, não houve avanços na mesa de negociação entre os dois países e, em paralelo, o Brasil tem intensificado contatos com países como Índia, Rússia e China. O governo também estuda medidas de reciprocidade contra produtos vindos dos Estados Unidos”, comenta.

A iniciativa é vista como um alívio necessário para empresas, sobretudo pequenas e médias, que sofrem mais com a perda de competitividade. Contudo, sem critérios claros e monitoramento rigoroso, há risco de que os recursos sejam dispersos, diminuindo a efetividade da resposta governamental. Para Pompermaier, é essencial ir além do socorro emergencial. O país precisa investir em inovação, competitividade e diversificação das exportações para reduzir a dependência de mercados específicos e blindar-se contra novas crises comerciais no futuro.

“O pacote é um alívio necessário, sobretudo para pequenas e médias empresas. Mas, sem critérios claros e monitoramento rigoroso, há risco de dispersão dos recursos e perda de foco. É preciso ir além do socorro imediato e investir em competitividade, inovação e diversificação das exportações para reduzir a vulnerabilidade a crises comerciais”, conclui.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.