Queda no feijão preto afeta o varejo no Paraná

De acordo com o informado pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (8) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a colheita da segunda safra de feijão alcançou 22% da área plantada no Paraná. A produção resultante, concentrada especialmente em abril, somou mais de 120 mil toneladas, com destaque para o feijão preto, o mais cultivado no estado.

Apesar de problemas de produtividade, o volume colhido impactou diretamente os preços pagos aos produtores. "Em abril, os agricultores receberam, em média, R$ 140,20 por saca de feijão preto, valor 16% inferior ao de março, quando a média foi de R$ 166,26", informou o Deral.

Segundo o boletim, a menor oferta de feijão carioca no mesmo período fez com que esse tipo se valorizasse em relação ao feijão preto. A saca foi comercializada, em média, por R$ 216,00 em abril, o que representa um aumento de 6% em relação ao mês anterior. No mercado atacadista, a diferença de preços entre os dois tipos também se manteve, com o feijão carioca ganhando valor e o feijão preto em retração.

No varejo, a situação foi diferente. "A concorrência do feijão preto influenciou os preços do carioca, e ambos apresentaram queda de 3,6% em abril frente a março", aponta o boletim. Ainda assim, o recuo acumulado no preço do feijão preto nos últimos 12 meses chegou a 27%, enquanto o carioca caiu 19% no mesmo período.