Chuvas impactam agro argentino
A colheita de soja, por sua vez, alcança 80,7% da área apta

Segundo levantamento da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), divulgado nesta semana, as chuvas contínuas sobre o leste da região agrícola argentina estão dificultando tanto o avanço da semeadura de trigo e cevada quanto a colheita de soja e milho. No caso do trigo, o plantio avançou 7,1 pontos percentuais na semana, atingindo 10,5% da área projetada de 6,7 milhões de hectares (Mha) para a safra 2025/26.
A safra de cevada começou com uma área estimada em 1,3 Mha, número estável em relação ao ciclo anterior e 7% acima da média dos últimos cinco anos. Apesar de boas reservas hídricas, o excesso de umidade no leste também limita a entrada de máquinas nas lavouras. Até agora, 4,8% da área foi semeada, avanço 2,3 pontos superior ao registrado no mesmo período da safra anterior, com destaque para o sudoeste de Buenos Aires, onde os trabalhos ganham ritmo.
A colheita de soja, por sua vez, alcança 80,7% da área apta, com rendimento médio nacional de 30,9 sacas por hectare, 4% superior à safra passada. A soja de primeira está 86% colhida, enquanto a de segunda mantém bons rendimentos em Córdoba, Entre Ríos, La Pampa e nos núcleos produtivos, apesar de áreas alagadas no centro-norte de Buenos Aires, especialmente em Junín. A projeção de produção se mantém em 50 milhões de toneladas (MTn).
O milho também avança lentamente, aguardando melhores condições de umidade dos grãos. Foram colhidos até agora 40,5% da área nacional, com produtividade média de 80 sacas por hectare. No norte, especialmente no NOA, os rendimentos refletem os efeitos do estresse hídrico, girando em torno de 50 sacas por hectare. As chuvas recorrentes seguem prejudicando Buenos Aires, com excesso de umidade entre 10% e 30% conforme a região. A projeção de produção permanece em 49 MTn.