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Inoculantes garantem até 5 sacas extras de soja por hectare

A base dessa tecnologia é a fixação biológica de nitrogênio (FBN)



A base dessa tecnologia é a fixação biológica de nitrogênio (FBN) A base dessa tecnologia é a fixação biológica de nitrogênio (FBN) - Foto: Pixabay

O uso de inoculantes tem se consolidado como uma das principais tecnologias para garantir maior produtividade na soja. De acordo com a Embrapa, a prática pode elevar em até 9% o rendimento das lavouras, o que representa ganhos de duas a cinco sacas por hectare. Em áreas maiores, como uma fazenda de 1.000 hectares com produtividade média de 60 sacas/ha, isso poderia significar até R$ 650 mil extras por safra.

A base dessa tecnologia é a fixação biológica de nitrogênio (FBN), realizada por bactérias do gênero Bradyrhizobium, que formam nódulos nas raízes e substituem o uso de adubos nitrogenados. Além da economia e da produtividade, o processo também reduz impactos ambientais. Porém, a eficiência depende da qualidade do inoculante, que precisa manter alta concentração de células viáveis mesmo em condições adversas de campo.

“Os inoculantes contêm bactérias do gênero Bradyrhizobium que se associam às raízes da planta formando nódulos responsáveis por transformar o nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis, reduzindo ou eliminando a necessidade de adubação nitrogenada. Isso gera economia, produtividade e menor impacto ambiental”, explica Bruno Dias Castanheira, especialista em Gerenciamento de Produtos da Rovensa Next Brasil.

Nos últimos anos, a coinoculação ganhou destaque ao associar Bradyrhizobium com outros micro-organismos, como o Azospirillum brasilense, que potencializa o crescimento radicular e pode elevar a produtividade em até 16%. Outra frente em expansão é o uso de bactérias solubilizadoras de fósforo, como a Pseudomonas fluorescens, capazes de liberar o nutriente retido no solo e ampliar a eficiência do sistema produtivo.

Entre os principais benefícios da inoculação estão o fornecimento contínuo de nitrogênio, a redução dos custos com fertilizantes, maior tolerância à estiagem, melhor absorção de nutrientes e menor emissão de gases de efeito estufa. Esses ganhos reforçam o papel dos inoculantes como aliados estratégicos na manutenção da competitividade do Brasil na produção global de soja.
 

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