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Roubo noturno de cargas cresce e preocupa setor

As cargas fracionadas seguem como principal alvo



As cargas fracionadas seguem como principal alvo As cargas fracionadas seguem como principal alvo - Foto: Arquivo Agrolink

No primeiro semestre de 2025, o Sudeste manteve a liderança nos roubos de carga no Brasil, mesmo após uma queda de 18,2 pontos percentuais nas ocorrências, passando de 80,6% em 2024 para 62,4% neste ano, segundo o relatório “Análise de Roubo de Cargas” da nstech. O Nordeste ficou em segundo lugar, com 21,3% das perdas, alta de 5,5 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. O estudo também revelou crescimento de 14,3 p.p. nos crimes noturnos, com pico às sextas-feiras, que concentraram 23,2% das ocorrências.

No Sudeste, 50,6% dos prejuízos envolveram cargas fracionadas e 39% o transporte de alimentos. São Paulo liderou com 56,8% das perdas, apesar da queda frente a 2024, enquanto o Rio de Janeiro avançou para 21,9% e, em junho, respondeu por 56,6% dos prejuízos mensais, deixando São Paulo em quinto lugar. Minas Gerais reduziu de 14,2% para 3,4% sua participação, e o Paraná subiu para a terceira posição nacional, com 7,5% das perdas. 

As cargas fracionadas seguem como principal alvo, representando 43,8% dos prejuízos, embora tenham recuado 14,7 p.p. frente a 2024. Alimentos aparecem em segundo lugar, com 33,3% das perdas, e eletrônicos, com 10,8%. O levantamento também apontou que áreas urbanas concentram 27,7% dos casos e que a BR-101 é a rodovia mais crítica, com 14,7% das ocorrências, seguida pela BR-226, com 8%. 

Apesar do cenário, a nstech destacou que suas soluções tecnológicas ajudaram clientes a reduzir em 32% a taxa de sinistralidade no primeiro trimestre de 2025 em comparação com 2023, com destaque para ferramentas que integram inteligência artificial e machine learning para checagem de motoristas e veículos, mitigando riscos sem comprometer as operações. 

“O Rio de Janeiro permanece com tendência de crescimento, como nossos relatórios anteriores já vinham sinalizando desde 2024. Mesmo com todos os altos investimentos realizados pela iniciativa privada e a aplicação de recursos adicionais que as empresas aplicam para entregas e até mesmo somente para passar pelo rio de janeiro, a tendência de crescimento no roubo de cargas no estado continua escalando e cada vez mais. Tanto o Frete como o preço de seguro para mercadorias destinadas ou que passam pelo Rio de Janeiro ficam cada vez mais caros, o que no fim, impacta na gôndola para os consumidores finais – em especial, produtos alimentícios, que são os mais visados pelas quadrilhas que atuam no estado”, analisa Maurício Ferreira, VP de Inteligência de Mercado da nstech.

   

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