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Queda nos preços do trigo e avanço das importações marcam o mercado

O mercado de trigo no Brasil está em entressafra e com pouca liquidez



Foto: Canva

O mercado de trigo no Brasil está em entressafra e com pouca liquidez. A retração das negociações internas e a forte concorrência com o cereal argentino pressionam os preços no mercado spot. Segundo informações divulgadas pelo relatório AgroMensal do Itaú BBA, os preços caíram 2% no Paraná (R$ 78,62/sc) e 4% no Rio Grande do Sul (R$ 70,04/sc) entre maio e junho. Os moinhos estão abastecidos e os produtores aguardam melhores cotações para negociar.

As importações seguem aquecidas, com destaque para o trigo argentino, que chegou ao Brasil a preços mais competitivos, favorecido pela valorização do real e pela prorrogação das retenciones. De janeiro a maio, o volume importado somou 3 milhões de toneladas — o maior desde 2007.

No cenário internacional, as cotações também recuaram em maio, mas ensaiaram uma recuperação em junho, diante de preocupações com o clima na Rússia e na China, e pelo atraso da colheita nos EUA, que teve início recentemente.

O plantio no Brasil avança no Paraná, com 78% da área já semeada, mas no RS o avanço é mais lento devido às chuvas, com apenas 8% da área plantada, segundo a Conab. A projeção é de queda de 12,6% na área nacional para a safra 2025/26.

A relação de troca com fertilizantes como ureia e MAP continua desfavorável, o que desestimula o investimento em trigo e favorece a substituição por outras culturas, como a canola no RS.

Nos próximos meses, a evolução do clima e o comportamento da safra norte-americana serão decisivos para o comportamento dos preços globais e internos.

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