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Déficit em produtos químicos totaliza US$ 9,9 bi

“Há algum tempo estamos alertado sobre os riscos de se operar a tão baixa carga"



Esse déficit é resultado de um recorde de importações Esse déficit é resultado de um recorde de importações - Foto: Canva

As importações brasileiras de produtos químicos aumentaram para US$ 13,3 bilhões nos primeiros três meses de 2024, com uma queda de 15% nos preços médios em relação a 2023. Isso ameaça a produção nacional, especialmente de produtos estratégicos como resinas termoplásticas, produtos petroquímicos básicos e químicos orgânicos. Enquanto isso, as exportações totalizaram US$ 3,4 bilhões, com uma diminuição de 8,3% em valor e 5,2% em quantidade comparado ao mesmo período de 2023.

No primeiro trimestre de 2024, a balança comercial registrou um déficit de US$ 9,9 bilhões, totalizando um déficit de US$ 44,7 bilhões nos últimos doze meses até março de 2024. Esse déficit é resultado de um recorde de importações de 61,2 milhões de toneladas e exportações de apenas 14,6 milhões de toneladas no período. A entrada descontrolada de produtos importados a preços predatórios, combinada com a baixa utilização da capacidade instalada, está desequilibrando o mercado interno e ameaçando a produção nacional de produtos estratégicos. Empresas estão considerando paralisar ou hibernar suas plantas devido a essa situação.

“Há algum tempo estamos alertado sobre os riscos de se operar a tão baixa carga no setor, sobretudo por conta dos resultados de produtividade e de eficiência que desestimulam a continuidade da produção. Infelizmente, algumas empresas paralisaram atividade para manutenções preventivas e outras já falam em hibernar plantas, tornando o risco em uma realidade iminente”, destaca a Diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

O presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, destaca a importância de medidas fiscais protetivas para manter as cadeias de produção operacionais e atrair novos investimentos para o Brasil. Ele menciona as soluções recentes adotadas pelos Estados Unidos em relação aos impostos de importação, que têm refletido positivamente no cenário econômico. Apesar do aumento agressivo das exportações asiáticas, a queda na produção americana em 2023 foi de apenas -1%, enquanto no Brasil chegou a quase -10%.

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