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Falta de plantio de pinus e aumento na demanda por matéria-prima

Cultura do pinus enfrenta desafios na região sulista


Foto: Pixabay

Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (09/05), na região administrativa de Passo Fundo, a remoção de resina e o manejo de pinus continuam ocorrendo nos coletores em áreas florestais com contratos formalizados. No entanto, esses contratos de arrendamento entre empresas de destruição de resina e proprietários de florestas estão progredindo lentamente, com taxas variando entre 20% e 30%. O preço da resina permanece baixo, assim como a demanda por tora de pinus para abastecer as empresas em Santa Catarina. A colheita é obtida de forma moderada, enquanto os prejuízos causados ??pelo ataque de macacos-prego às plantações são expressivos.

Na região de Caxias do Sul, com base no Censo do IBGE de 2018, havia cerca de 192 mil hectares destinados à cultura do pinus. Essa cultura desempenha um papel importante em diversos setores da cadeia produtiva de base florestal, como na produção de toras, chapas, compensados, móveis, paletes, entre outros. Houve uma estabilização nos preços de comercialização de toras, com a procura mantendo-se estável. Espera-se que esses valores permaneçam, incentivando os produtores a incrementarem o volume comercializado de toras, inclusive de menores diâmetros. Destaca-se a modalidade de comercialização de madeira em pé, impulsionada pelo aumento da exportação de madeira e celulose, bem como pela instalação de empresas consumidoras de matéria-prima florestal na região.

Apesar das oportunidades de comercialização das toras de menor diâmetro estimularem a retomada do manejo nos plantios, como desrama e desbaste, ainda há uma grande preferência pela comercialização na modalidade de corte raso. Muitas áreas ainda carecem do manejo adequado da espécie, especialmente desbastes em atraso. Embora haja aumento na demanda pela matéria-prima, muito está sendo plantado na região, exceto por empresas verticalizadas. O recesso no mercado nos últimos anos e a legislação restritiva da silvicultura contribuíram para inibir novos plantios e dificultar a comercialização de madeira oriunda de áreas não licenciadas.

Atualmente, observa-se muitas áreas manejadas com corte raso que não estão sendo replantadas, mas sim utilizadas para a agricultura. As espécies da região, principalmente o Pinus taeda, não são potenciais para a degradação da resina, um mercado em alta. As entidades do setor florestal expressam preocupação com a falta de plantio de novas áreas e com a expansão de empreendimentos de desdobro e utilização de matéria-prima na região, além do aquecimento das exportações, projetando um aumento na demanda pela espécie e sinalizando um déficit de madeira nos próximos anos para o mercado local, regional e interestadual. A cultura está em boas condições fitossanitárias, obedecendo ao manejo, à colheita e à comercialização, com os preços mantendo-se resultados no período.

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