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Sindag esclarece investigação sobre uso de aviação agrícola em desmatamento no Pantanal

O sindicato reconheceu a gravidade da situação em questão, destacando que se trata de uma investigação sobre danos a um dos biomas mais importantes do Brasil


Sindag ressaltou que é fundamental distinguir entre a exceção e a regra no setor aeroagrícola Sindag ressaltou que é fundamental distinguir entre a exceção e a regra no setor aeroagrícola - Foto: Sindag

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) emitiu uma nota de esclarecimento em resposta à recente reportagem veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, sobre a investigação contra um produtor rural acusado de utilizar aplicação aérea de herbicida para desmatar uma área no Pantanal Mato-Grossense. O Sindag enfatizou a importância de esclarecer alguns pontos para evitar generalizações que possam alimentar preconceitos contra a aviação agrícola brasileira.

O sindicato reconheceu a gravidade da situação em questão, destacando que se trata de uma investigação sobre danos a um dos biomas mais importantes do Brasil. A nota também ressaltou que o processo teve início no ano anterior, com a Operação Cordilheira, deflagrada em março de 2023 pela Polícia Civil, contra possíveis crimes ambientais em fazendas no Pantanal. Esta operação resultou na apreensão de um avião agrícola que teria sido utilizado nas operações ilegais.

No entanto, o Sindag ressaltou que é fundamental distinguir entre a exceção e a regra no setor aeroagrícola. Destacou-se que a aviação agrícola possui quase 77 anos de atuação no Brasil, contribuindo significativamente para a sustentabilidade da agricultura. Com uma das maiores e melhores frotas aeroagrícolas do mundo, o país conta com mais de 2,6 mil aviões e cerca de 3 mil drones atuando no tratamento de lavouras, semeadura e aplicação de fertilizantes.

Além disso, o sindicato enfatizou o papel fundamental da aviação agrícola no combate a incêndios, especialmente no Pantanal, onde as aeronaves das empresas aeroagrícolas têm auxiliado há décadas. Em 2021, por exemplo, aviões agrícolas lançaram cerca de 19,5 milhões de litros de água contra chamas em todo o país.

O Sindag também destacou as regulamentações rigorosas que governam a aviação agrícola, incluindo requisitos como pátios de descontaminação, formação específica para pilotos e a presença obrigatória de um engenheiro agrônomo em cada operação. Cada missão em campo gera relatórios minuciosos, que são enviados regularmente ao Ministério da Agricultura e estão sujeitos a fiscalizações rigorosas.

Além de enfatizar o compromisso com a melhoria contínua, o Sindag mencionou iniciativas como o programa Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS) e o programa Boas Práticas Agrícolas (BPA Brasil), que visam promover práticas sustentáveis no setor. O sindicato concluiu destacando sua colaboração com autoridades e instituições para promover a segurança operacional da atividade e reforçou a importância de uma cobertura jornalística criteriosa para evitar generalizações injustas sobre os profissionais do setor.

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