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Norte e Sul terão mais chuva, mas Centro-Sul do Brasil segue em alerta de seca

Excesso de chuva no Norte pode dificultar operações de colheita e transporte


Foto: Canva

O agronegócio brasileiro deve se preparar para uma semana marcada por contrastes climáticos que podem impactar diretamente as lavouras em diferentes regiões do país. Enquanto áreas do Norte e do Sul receberão volumes expressivos de chuva, o Centro-Oeste, o Sudeste e boa parte do Nordeste seguirão sob condições de estiagem e baixa umidade relativa do ar, o que exige atenção redobrada dos produtores.

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as instabilidades devem se concentrar no norte e sudoeste do Amazonas, com previsão de volumes que podem superar 60 mm, chegando a 80 mm no centro-norte do estado. Já no Pará, Tocantins, Amapá e sul de Rondônia, o cenário é oposto, com ausência de chuva ao longo da semana e queda na umidade relativa do ar para índices abaixo de 30%.

Na Região Nordeste, o cenário é de tempo firme na maior parte dos estados, com destaque para a redução da umidade no sul do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia. Nessas áreas, os valores podem cair abaixo de 30%, o que eleva o risco de estresse hídrico nas lavouras e de queimadas. Nas áreas litorâneas, as precipitações previstas não devem ultrapassar 10 mm, mantendo condições de pouca relevância para a agricultura.

O Centro-Oeste segue como uma das regiões mais afetadas pela estiagem. A previsão do Inmet aponta ausência de chuva em praticamente todos os estados, acompanhada de baixa umidade relativa do ar, especialmente em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A falta de precipitações pode comprometer a recuperação dos solos e atrasar o planejamento agrícola da próxima safra.

No Sudeste, a situação é semelhante. A maior parte da região deve enfrentar dias de tempo estável, com volumes de chuva restritos ao Espírito Santo e ao leste de Minas Gerais, onde não devem ultrapassar 10 mm. No Triângulo Mineiro e em grande parte do estado de São Paulo, a baixa umidade abaixo de 30% tende a intensificar a preocupação com o armazenamento de água no solo e aumentar os riscos de incêndios em áreas rurais.

Já no Sul do país, a previsão é de volumes mais significativos. No sudoeste do Rio Grande do Sul, os acumulados podem chegar a 100 mm, enquanto em Santa Catarina, especialmente nas regiões Serrana e do Vale do Itajaí, os volumes devem alcançar até 50 mm. Apesar da chuva, o Inmet também destaca baixos índices de umidade no centro-norte do Paraná, o que pode trazer dificuldades para culturas em desenvolvimento.

O excesso de chuva no Norte pode dificultar operações de colheita e transporte, enquanto a estiagem no Centro-Sul pode agravar a necessidade de irrigação e comprometer o preparo do solo para o plantio. No Sul, embora a chuva seja positiva para a reposição hídrica, volumes elevados em áreas pontuais também podem afetar a qualidade de algumas lavouras.

 

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