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Milho sobe na B3 impulsionado por Chicago e dólar

No mercado interno, o cenário é oposto: a entrada da segunda safra está pressionando



No mercado interno, o cenário é oposto: a entrada da segunda safra está pressionando os preços No mercado interno, o cenário é oposto: a entrada da segunda safra está pressionando os preços - Foto: Pixabay

Os contratos futuros de milho encerraram a segunda-feira em alta na B3, acompanhando os ganhos em Chicago e a valorização do dólar frente ao real. Segundo a TF Agroeconômica, mesmo com início lento nos embarques de julho, apenas 9,5% do total registrado no mesmo período de 2024, conforme dados da Secex, operadores seguem confiantes em volumes mais robustos de exportação para os próximos meses, especialmente agosto. A colheita atrasada ainda limita o ritmo atual de escoamento.

No mercado interno, o cenário é oposto: a entrada da segunda safra está pressionando os preços. De acordo com o Cepea, a colheita recorde e a retração da demanda compradora têm provocado queda nas cotações. A demanda externa também enfraquecida contribui para esse movimento. A Conab, em seu 10º levantamento de safra, estima que a produção brasileira de milho na temporada 2024/25 deve atingir 131,97 milhões de toneladas, 14,3% acima do ciclo anterior — o maior volume da história.

Na B3, os fechamentos do dia refletiram o otimismo exportador: o contrato de julho/25 subiu R\$ 0,08, fechando em R\$ 63,07 (+R\$ 1,46 na semana); setembro/25 avançou R\$ 0,13, para R\$ 64,11 (+R\$ 2,17 na semana); e novembro/25 terminou cotado a R\$ 67,28, com ganho diário de R\$ 0,05 e semanal de R\$ 1,06.

Em Chicago (CBOT), o milho teve valorização com recompras de oportunidade, aproveitando preços deprimidos. O contrato de setembro, referência para a safrinha brasileira, subiu 1,01%, a US\$ 4,00/bushel. Já dezembro avançou 1,39%, a US\$ 4,18/bushel. Apesar das expectativas de grande safra nos EUA e ampla oferta brasileira, a demanda permanece firme, com vendas recentes acima do esperado. Um ponto de atenção segue sendo a política tarifária do governo Trump, que ameaça os principais mercados compradores do milho norte-americano.
 

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