Demanda por fósforo na batata exige manejo mais eficiente
Como alternativa sustentável, destaca-se o uso de solubilizadores

A adubação da batata representa um dos maiores custos da lavoura: são aplicadas, em média, de 6 a 7 toneladas de fertilizantes por alqueire, com custo estimado em torno de R$ 15.000/alqueire, segundo dados de junho de 2025. A informação é de José Carlos da Costa Junior, representante técnico de vendas, que alerta para a baixa eficiência da batateira na absorção do Fósforo, especialmente em solos com baixos teores do nutriente.
Na formulação convencional 4-14-8, de 6.000 kg aplicados por alqueire, apenas 840 kg são fonte de fósforo, e menos de 30% são de fato absorvidos pela planta — o que equivale a cerca de 252 kg. Isso representa o mínimo necessário para atingir produtividades acima de 25 toneladas por hectare em solos com teores médios de fósforo. O sistema radicular da batata, raso e concentrado na camada de 0-30 cm do solo, é um dos fatores que limitam a absorção eficiente do nutriente.
Entre os benefícios de um bom manejo do fósforo estão o crescimento acelerado da parte aérea, o fechamento mais rápido do dossel e o desenvolvimento radicular mais robusto. Isso se deve ao papel essencial do fósforo na divisão celular, o que impacta diretamente o vigor da planta. Por outro lado, aumentar a dose de adubo não é solução simples — além de economicamente inviável, a prática pode causar salinização do solo e desperdício de insumos.
Como alternativa sustentável, destaca-se o uso de solubilizadores de fósforo. Um exemplo é o Phosbac, da Andermatt Biológicos, que contém a cepa de Bacillus amyloliquefaciens FZB 45. O produto atua na mineralização e solubilização do fósforo presente no solo, aumentando a eficiência da adubação e contribuindo para uma produção mais racional e produtiva da cultura da batata.