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AgroBrasília: tecnologia gaúcha para irrigação sustentável chega ao DF com prêmio no Agro 4.0

A empresa se destaca pelo desenvolvimento de sensores inteligentes de umidade do solo



Foto: Divulgação

Uma solução desenvolvida no Rio Grande do Sul promete revolucionar o manejo da irrigação no Distrito Federal. A startup Raks Tecnologia Agrícola, sediada em São Leopoldo (RS), foi uma das premiadas no edital Agro 4.0, promovido pela ABDI em parceria com a AgroBrasília. A empresa se destaca pelo desenvolvimento de sensores inteligentes de umidade do solo, capazes de orientar o produtor sobre quando e quanto irrigar, otimizando o uso de água e energia elétrica.

“Nosso equipamento é totalmente desenvolvido pela Raks, com tecnologia própria e patenteada. Ele funciona em qualquer tipo de solo, inclusive naqueles com salinidade ou em sistemas de fertirrigação”, explica a fundadora Fabiane Kuhn. O sistema opera com sensores fixos no campo, alimentados por energia solar, que realizam leituras da umidade do solo a cada hora. As informações são enviadas automaticamente para uma plataforma acessível por celular ou computador.

Além de facilitar a vida do produtor, que não precisa mais ir até o campo verificar manualmente as condições do solo, a tecnologia contribui para aumentar a produtividade, economizar recursos e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.

Apesar de já atuar em dez estados brasileiros, a Raks chega agora ao Distrito Federal graças ao Agro 4.0. O projeto local, realizado em parceria com a Emater-DF, atenderá sete produtores em sete cadeias produtivas distintas, com foco principalmente na agricultura familiar.

“Cinco dos sete produtores são pequenos, um é médio e um é grande. Vamos trabalhar com culturas bem diversificadas: uva, banana, pastagem, flores, olericultura, grãos e café”, detalha Fabiane. A proposta é testar o sistema em diferentes realidades e regiões do DF, avaliando a aceitação da tecnologia e os resultados no campo.

O cronograma prevê o acompanhamento dos produtores ao longo do ciclo agrícola e, no próximo ano, a apresentação dos resultados na AgroBrasília 2026. A expectativa é comprovar os benefícios em termos de economia de água, redução no custo de energia e ganho de produtividade, além de demonstrar como a inovação pode ser acessível também aos pequenos produtores.

“Para nós, esse prêmio foi não só um reconhecimento do trabalho que desenvolvemos até aqui, mas também uma porta de entrada para um mercado no qual sempre tivemos interesse, mas no qual ainda não atuávamos. E, o mais importante, levando uma tecnologia de ponta para quem, muitas vezes, fica fora desse tipo de solução”, conclui a empreendedora.

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