Milho: B3 e Chicago recuam após relatório do USDA
Para o Brasil, o cenário reforça a necessidade de estímulo à demanda
Para o Brasil, o cenário reforça a necessidade de estímulo à demanda - Foto: Pixabay
O mercado de milho encerrou a terça-feira (12) sob pressão, tanto na B3 quanto em Chicago, após o relatório do USDA apontar uma safra recorde nos Estados Unidos, estimada acima de 425 milhões de toneladas. O aumento expressivo na oferta derrubou as cotações futuras na bolsa americana, com os contratos de setembro e dezembro ficando abaixo dos US$ 4 por bushel, menor patamar em meses. No Brasil, a queda de 1,06% do dólar frente ao real também pesou sobre os preços, reduzindo a competitividade do produto brasileiro frente ao americano.
Segundo a TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 fecharam com variações negativas: setembro/25 recuou R$ 0,52 no dia e R\$ 0,96 na semana, a R$ 64,78; novembro/25 caiu R$ 0,70 no dia e R$ 1,53 na semana, a R$ 66,88; e janeiro/26 fechou em R$ 69,98, queda de R$ 0,58 no dia e R$ 1,33 na semana. Já na CBOT, setembro recuou 3,51% (-US$ 13,50 cents), a US$ 371,50/bushel, e dezembro caiu 3,25% (-US$ 13,25 cents), a US$ 394,50/bushel.
O relatório do USDA revisou para cima tanto a produtividade quanto o volume final colhido nos EUA, acima das expectativas do mercado, o que ampliou a projeção de estoques finais no país. Embora os operadores já esperassem uma colheita robusta, a magnitude do aumento surpreendeu e intensificou a pressão baixista nas cotações.
Para o Brasil, o cenário reforça a necessidade de estímulo à demanda interna como forma de sustentar os preços, com destaque para o potencial de expansão das indústrias de etanol de milho. Já para o mercado americano, manter exportações aquecidas e preços competitivos será fundamental para evitar quedas ainda mais acentuadas.
