CI

Milho distinto no Brasil e nos EUA

No mercado doméstico, o cenário foi de alta generalizada



No mercado doméstico, o cenário foi de alta generalizada No mercado doméstico, o cenário foi de alta generalizada - Foto: USDA

O milho encerrou a terça-feira (19) com movimentos distintos entre Brasil e Estados Unidos. Segundo a TF Agroeconômica, na B3 os contratos do cereal subiram, impulsionados pela valorização do dólar, que avançou 1,19% no dia. O câmbio mais alto estimula produtores brasileiros a destinarem parte da produção aos portos, favorecendo o programa de exportação, que ganhou novo fôlego após a Anec revisar sua estimativa de embarques de agosto para pouco mais de 8 milhões de toneladas.

No mercado doméstico, o cenário foi de alta generalizada. O contrato de setembro/25 fechou a R$ 66,25, registrando avanço de R$ 0,51 no dia e R$ 1,47 na semana. Já a posição de novembro/25 terminou em R$ 68,98, com ganhos de R$ 0,65 no dia e R$ 2,10 na semana. O contrato de janeiro/26 encerrou a R$ 71,46, alta de R$ 0,50 no dia e R$ 1,48 no acumulado semanal. Apesar do otimismo momentâneo, analistas reforçam que a safra 25/26 tende a ser de ampla oferta mundial, já que tanto Brasil quanto EUA caminham para colheitas recordes.

Nos Estados Unidos, o movimento foi oposto. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho recuou diante do bom andamento da safra americana. O contrato de setembro caiu -0,91% (-3,50 cents/bushel), cotado a $379,50, enquanto o de dezembro recuou -0,80% (-3,25 cents/bushel), fechando a $403,25. O levantamento do ProFarmer indicou produtividades acima da média em estados como Dakota do Sul e Ohio, somado ao relatório do USDA, que apontou queda de apenas 1 ponto percentual na qualidade das lavouras, reforçando a projeção de uma supersafra estimada em 425 milhões de toneladas.

Dessa forma, o mercado global de milho segue com fundamentos divergentes: no Brasil, a valorização cambial e a demanda externa sustentam os preços, enquanto nos EUA, a perspectiva de produção recorde pressiona as cotações para baixo, ampliando o risco de acirramento da disputa entre os dois maiores exportadores mundiais.
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.