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Café: capim-pé-de-galinha exige controle precoce

A planta tem como principal forma de reprodução a produção de sementes



Foto: Divulgação

O capim-pé-de-galinha, uma planta daninha de ciclo anual, tem se destacado como uma ameaça recorrente para lavouras, especialmente em áreas de cafezal novo. De acordo com a engenheira agrônoma Tatiza Barcellos, em artigo publicado no Blog da Aegro, a espécie ocorre em épocas mais quentes e apresenta forte adaptação a solos compactados. “Os colmos podem ser eretos, com até 50 cm de altura. Também podem ser prostrados ao chão, ramificados e achatados”, descreve.

A planta tem como principal forma de reprodução a produção de sementes — cada exemplar pode gerar mais de 120 mil. A dispersão é facilitada pela ação do vento, que leva as sementes para pontos próximos à linha do café, favorecendo a infestação das lavouras. “Se a população da invasora for alta, você terá prejuízos, principalmente em áreas de cafezal novo”, alerta Barcellos.

Além da competição direta por recursos essenciais ao cultivo, como luz, água e nutrientes, o capim-pé-de-galinha também agrava os riscos sanitários. “Elas são hospedeiras de patógenos. Por isso, deixam a lavoura vulnerável às doenças”, aponta a engenheira. Outro agravante é a resistência da planta a herbicidas comuns no manejo agrícola. “Já foram identificadas populações resistentes a 8 mecanismos de ação”, afirma.

Para reduzir o impacto da planta daninha, a engenheira recomenda a adoção de estratégias combinadas. “Utilize a tecnologia e o manejo integrado como aliados no controle da daninha. Faça o controle biológico, físico e químico, além de rotação de mecanismos de ação”, orienta. Segundo ela, é fundamental evitar que a planta floresça e produza sementes, o que pode reduzir drasticamente sua disseminação.

Tatiza Barcellos também destaca a importância do controle nas fases corretas do ciclo agrícola. “Realize triação em plantas jovens na entressafra e controle químico no preparo da colheita”, recomenda. No caso do manejo pós-emergência, ela sugere o uso combinado de princípios ativos. “Opte pela utilização de inibidores de ACCAse + glifosato. Assim, você irá proporcionar um bom controle”, conclui.

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