Milho recua na B3 com exportações lentas
Na B3, os contratos futuros encerraram o dia em baixa

De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de milho na B3 iniciou a semana em queda, pressionado pelo ritmo lento das exportações brasileiras, pela desvalorização do dólar e também pela retração das cotações em Chicago. Apesar de o milho brasileiro estar competitivo no mercado externo, os embarques seguem abaixo das expectativas, o que mantém uma boa disponibilidade interna neste início de colheita da segunda safra.
Dados do Cepea reforçam esse cenário, indicando que os preços do milho seguem em trajetória de queda no mercado doméstico. A maior oferta, impulsionada pela colheita da safrinha, deixa os vendedores mais flexíveis nas negociações, enquanto os compradores se mantêm retraídos, adquirindo apenas volumes para o curto prazo. Até houve algum suporte na semana passada com a possibilidade de geadas em áreas produtoras, mas a perspectiva de ampla oferta no país segue predominando.
Na B3, os contratos futuros encerraram o dia em baixa: julho/24 fechou a R$ 62,73, recuo de R$ 0,22 no dia e de R$ 0,87 na semana. O contrato de setembro/24 terminou a R$ 64,33, queda de R$ 0,35 no dia e de R$ 0,93 na semana. Já o setembro/25 caiu para R$ 67,53, com baixa de R$ 0,26 no dia e de R$ 1,04 na semana.
Em Chicago (CBOT), os preços oscilaram bastante, fechando de forma mista. O contrato de julho caiu 1,30%, encerrando a $ 438,25 cents/bushel, enquanto setembro recuou 0,59%, cotado a $ 420,75. As cotações foram pressionadas pelo anúncio de aumento de tarifas sobre aço e alumínio feito por Donald Trump, que gera preocupação sobre possíveis impactos nos acordos comerciais com Europa, Japão e China — importantes consumidores de milho e seus derivados. Por outro lado, a forte demanda global e a incerteza sobre a área final de plantio nos EUA deram algum suporte aos contratos mais longos.