Cevada tem recuperação após estresse térmico

O cultivo da cevada no Rio Grande do Sul segue em estágio de desenvolvimento vegetativo, com bom desempenho agronômico nas principais regiões produtoras. As informações constam no Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (24) pela Emater/RS-Ascar, que destacou o encerramento da semeadura dentro do período recomendado e o uso de cultivares de ciclo precoce a médio, com tolerância a doenças e perfil tecnológico adequado à malteação.

De acordo com a entidade, o estabelecimento inicial das lavouras é considerado satisfatório, mesmo com os baixos volumes de chuva registrados, especialmente na Região Norte do estado, principal área de produção. A precipitação acumulada foi em torno de 10 milímetros. Apesar disso, as condições favoreceram a adubação nitrogenada, o que, segundo a Emater/RS-Ascar, deve sustentar o potencial produtivo da cultura.

Na região administrativa de Caxias do Sul, técnicos da Emater/RS-Ascar relatam que as lavouras apresentam desenvolvimento adequado, embora áreas semeadas ainda em junho tenham sido afetadas por geadas intensas no início de julho. A entidade informou que, apesar do estresse térmico, "as plantas se recuperam bem em razão das condições climáticas subsequentes".

Em Erechim, a sanidade das lavouras é considerada satisfatória e a produtividade permanece estimada em 3.600 quilos por hectare. Na regional de Ijuí, a cevada está em pleno perfilhamento, com densidade adequada entre três e quatro perfilhos por planta. A adubação de cobertura com nitrogênio já foi concluída, e os produtores têm priorizado o controle preventivo de doenças foliares.

Quanto à comercialização, a Emater/RS-Ascar apontou que o preço médio da saca de 60 quilos destinada à indústria de malte foi de R$ 85,00 na região de Erechim.