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Tecnologia salva seguradoras agrícolas

"Estudos indicam redução de 80 a 90% nos custos operacionais"


"Estudos indicam redução de 80 a 90% nos custos operacionais" "Estudos indicam redução de 80 a 90% nos custos operacionais" - Foto: Canva

O impacto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros criou desafios para o seguro agrícola. Segundo Denise Ozaki, Head de Marketing da Picsel, as perdas nas exportações podem chegar a US$ 5,8 bilhões, com redução de 48% na receita dos exportadores. Cortes de 42% no Programa de Subvenção Rural diminuíram a área segurada de 14 milhões para 7 milhões de hectares, segundo dados do Ministério da Agricultura e da CNseg.

Seguradoras que mantêm modelos tradicionais enfrentam inadimplência elevada e perda de carteira. A tecnologia surge como diferencial, permitindo precificação ajustada ao risco, subscrição digital e pagamentos rápidos, além de democratizar o acesso. Estudos indicam redução de 80 a 90% nos custos operacionais, possibilitando prêmios compatíveis à realidade de cada produtor e margens superiores mesmo em cenários financeiros restritos. “Esse modelo permite oferecer prêmios mais adequados à realidade de cada produtor rural, criando margens superiores mesmo em um cenário de capacidade de pagamento limitada”, comenta.

A guerra comercial promove seleção natural no setor: regiões mais dependentes do mercado americano, como Sul e Sudeste, e culturas como café e carne bovina são mais afetadas, segundo análise do IBRE-FGV. Seguradoras que investem em tecnologia centrada no cliente capturam market share enquanto tradicionais perdem clientes.

“O cenário evidencia que a sobrevivência das seguradoras agrícolas depende da capacidade de adaptar produtos, preços e processos à realidade do produtor rural. Quem investe em tecnologia para personalizar soluções e acelerar subscrição reduz inadimplência, amplia participação em mercados restritos e fortalece a fidelização. Dessa forma, inovação deixa de ser custo adicional e se torna fator estratégico, transformando desafios da guerra comercial em oportunidades concretas de crescimento e vantagem competitiva de longo prazo”, conclui.
 

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