RS: antracnose ameaça qualidade do feijão na segunda safra
O levantamento semanal de preços indica uma retração na cotação média da saca
A primeira safra de feijão foi concluída no estado do Rio Grande do Sul, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (25/04). Os resultados são considerados satisfatórios, com uma área cultivada estimada em 25.264 hectares e uma produtividade média de 1.930 kg/ha.
Quanto à segunda safra de feijão, as lavouras enfrentaram dificuldades de manejo devido à alta umidade provocada pelas chuvas e ao orvalho, aliados às temperaturas amenas predominantes. Isso resultou no adiamento da colheita, que ocorreu entre os dias 19 e 21 abril. O período de elevada umidade também favoreceu o surgimento de doenças fúngicas, como a antracnose, que pode comprometer a qualidade do produto e reduzir a produtividade.
Segundo o informativo, o estado, a área cultivada na segunda safra está estimada em 19.900 hectares, com uma produtividade projetada de 1.568 kg/ha. Apesar disso, os resultados iniciais da colheita indicam uma tendência de aumento de 8% em relação à produtividade inicial, mas essa proporção precisa ser confirmada à medida que a safra avança.
Em diversas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, como Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Santa Maria e Soledade, foram observados diferentes estágios de desenvolvimento das lavouras, com variações nas expectativas de rendimento e nas condições fitossanitárias.
Quanto à comercialização, o levantamento semanal de preços indica uma retração de 16,08% na cotação média da saca de feijão no estado, que passou de R$ 295,97 para R$ 248,38.