Doenças do cafeeiro exigem atenção constante
Cada região produtora apresenta particularidades no clima

Segundo a engenheira agrônoma Giovanna Martins, o cafeeiro é uma cultura sensível a diversas doenças que podem comprometer gravemente sua produtividade e qualidade. Identificar os principais agentes causadores é o primeiro passo para um manejo eficiente, que garanta a sanidade da lavoura e evite prejuízos ao produtor.
Entre as doenças mais comuns está a ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), considerada uma das mais severas, responsável pela queda precoce das folhas. A cercosporiose (Cercospora coffeicola) também é preocupante, devido às manchas necróticas que reduzem o valor comercial dos grãos. Outras doenças frequentes incluem a mancha de Ascochyta, a mancha areolada (Pseudomonas syringae pv. garcae), a mancha anular (Coffee ringspot virus), manchas de Phoma e o nematoide das galhas (Meloidogyne spp.), que ataca as raízes e compromete a absorção de água e nutrientes.
Giovanna destaca que o manejo integrado deve ser adotado como estratégia principal, unindo monitoramento constante, controle químico e biológico, e escolha de cultivares mais resistentes. O ambiente úmido favorece várias dessas doenças, exigindo atenção redobrada principalmente em períodos chuvosos, quando as condições se tornam ideais para o avanço dos patógenos.
Cada região produtora apresenta particularidades no clima, no solo e na incidência de pragas e doenças. Por isso, o acompanhamento técnico especializado e o conhecimento das condições locais são fundamentais para o sucesso do manejo. Com atenção e planejamento, é possível proteger a lavoura, preservar a qualidade dos grãos e manter a rentabilidade do cafeicultor.