Comercialização do milho avança, mas preço em queda limita novos negócios
Avanço poderia ter sido maior, caso os preços não tivessem recuado

A comercialização do milho em Mato Grosso segue avançando, embora os preços mais baixos venham freando o ritmo das negociações. De acordo com o boletim informativo divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em julho de 2025, as vendas da safra 2024/25 alcançaram 50,96% da produção estimada. O índice representa um crescimento de 3,35 pontos percentuais em comparação com a divulgação anterior.
Segundo informações do boletim do Imea, esse avanço poderia ter sido maior, caso os preços não tivessem recuado. Em junho de 2025, a cotação média da saca caiu 4,23% frente a maio, ficando em R$ 42,55. A desvalorização pressionou os produtores, que optaram por focar na colheita ao invés de fechar novos contratos, refletindo uma postura mais cautelosa no mercado físico.
Já para a safra 2025/26, a comercialização também apresentou leve evolução. Os negócios atingiram 6,95% da produção projetada, o que representa um avanço de 1,52 ponto percentual em relação ao mês anterior. Apesar disso, o percentual ainda é 10,22 pontos percentuais inferior à média das últimas cinco safras para o mesmo período, o que reforça o ritmo mais lento das vendas futuras.
O cenário para os contratos antecipados também foi impactado pela queda no preço médio da saca, que ficou em R$ 43,23 em junho, redução igualmente de 4,23% frente a maio. Mesmo com esse recuo, a nova safra está 2,88 pontos percentuais à frente do ritmo de vendas registrado no mesmo período da safra passada, o que mostra uma leve recuperação frente ao histórico recente.
A tendência, conforme indicam os analistas do Imea, é que os volumes comercializados possam ganhar tração conforme a colheita da safra atual avança e o mercado internacional ofereça novas oportunidades. Ainda assim, a volatilidade dos preços e o foco operacional nas lavouras devem seguir ditando o ritmo das vendas nos próximos meses.