Mel brasileiro cresce nas exportações em 2025
Paraná triplica receita com mel no 1º semestre

As exportações brasileiras de mel "in natura" apresentaram forte crescimento em 2024 e mantêm ritmo acelerado em 2025, conforme aponta o Boletim de Conjuntura Agropecuária desta quinta-feira (3), elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). O desempenho é impulsionado, sobretudo, pela demanda dos Estados Unidos, principal destino do produto.
Em 2024, o Brasil exportou 37.931 toneladas de mel natural, volume 32,8% superior ao registrado em 2023. A receita alcançou US$ 100,56 milhões, alta de 17,9% em relação ao ano anterior. No ranking dos estados exportadores, o Paraná ocupou a quarta posição, com 3.969 toneladas embarcadas e receita de US$ 10,395 milhões, a um preço médio de US$ 2,62 por quilo.
O crescimento se manteve nos cinco primeiros meses de 2025. De janeiro a maio, foram exportadas 15.316 toneladas, o que representa aumento de 10,7% na comparação com o mesmo período de 2024. A receita cambial somou US$ 48,996 milhões, avanço de 39,7% em relação ao ano anterior. O preço médio nacional subiu 26%, passando de US$ 2.534,81 para US$ 3.199,01 por tonelada.
O Paraná também se destacou em 2025, ocupando a terceira posição entre os estados exportadores. O estado embarcou 2.870 toneladas e obteve receita de US$ 9,313 milhões, com preço médio de US$ 3,24 por quilo. Esses números representam crescimento de 148,7% em volume e 229,3% em receita na comparação com o mesmo período de 2024.
Minas Gerais liderou as exportações entre os estados, com receita de US$ 12,238 milhões e 3.760 toneladas exportadas, a um preço médio de US$ 3,25 por quilo. O Piauí ficou na segunda posição, com US$ 9,511 milhões e 3.035 toneladas embarcadas. Santa Catarina e São Paulo completam o grupo dos cinco maiores exportadores.
Os Estados Unidos seguem como principal destino do mel brasileiro. De janeiro a maio de 2025, o país norte-americano importou 12.592 toneladas, o equivalente a 82,2% do volume total exportado pelo Brasil no período. A receita foi de US$ 40,153 milhões, com preço médio de US$ 3,19 por quilo. No mesmo período do ano anterior, os EUA haviam importado 11.329 toneladas, com gasto de US$ 28,397 milhões.
Além dos EUA, outros mercados relevantes foram Canadá (1.312 t), Alemanha (585 t), Reino Unido (432 t), Países Baixos (220 t), Israel (60 t), Austrália (40,6 t) e Bélgica (40,1 t). Entre os países com maior crescimento em volume estão Israel (+203%) e Bélgica (+166,7%). A única retração significativa foi da Austrália (-65,8%).