Mercados agrícolas iniciam o dia com ajustes

Os mercados de grãos abrem o dia com quedas nos preços nos principais contratos internacionais, refletindo tanto o ritmo acelerado da colheita quanto dados recentes sobre o desenvolvimento das lavouras. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo em Chicago registra leve baixa, cotado a US$ 499,75 para o contrato de setembro/25, pressionado pelo avanço da colheita de primavera nas Grandes Planícies do Norte e pelo ingresso de novos grãos de outros fornecedores do Hemisfério Norte. No Brasil, a Conab informou que 6,3% da área plantada de trigo já foi colhida, ligeiramente abaixo da média histórica.

A soja apresenta leve recuo em Chicago, com o contrato de setembro/25 a US$ 1.019,75, após dados da ProFarmer apontarem perspectivas favoráveis para a nova safra. A ausência de compras chinesas para a temporada 25/26 continua sendo o principal fator de pressão sobre os preços. Nos Estados Unidos, 95% das plantas completaram a floração e 82% estão formando vagens, enquanto as visitas de campo da ProFarmer indicam produtividade acima da média histórica em Dakota do Sul e Ohio. 

O milho também acompanha o movimento de baixa, com o contrato de setembro/25 em US$ 379,75. A ProFarmer confirma boas condições gerais das lavouras e estimativas de uma colheita recorde, apesar de o USDA ter ajustado levemente a proporção de milho em boas/excelentes condições, de 72% para 71%. Nos Estados Unidos, 97% das plantas atingiram a polinização e 3% estão maduras. 

No Brasil, os preços de referência acompanham variações modestas, com o CEPEA/PR cotado a R$ 1.425,46 para o trigo e a soja em R$ 134,42 no interior do Paraná. A colheita de milho safrinha avança para 89,3% da área plantada, acima do mesmo período da média histórica, indicando ritmo acelerado na temporada nacional.