Trigo cai, soja sobe e milho segue estável
A soja registra leve alta em Chicago

Os principais mercados internacionais de grãos registram movimentos distintos na manhã desta quarta-feira, 27 de agosto. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo opera em baixa nos Estados Unidos, com contratos futuros do CBOT para setembro a US$ 505,25 por bushel, refletindo o avanço rápido da colheita de primavera nas Grandes Planícies e a entrada de grãos de todos os principais fornecedores do Hemisfério Norte.
A valorização do dólar frente ao euro, que ultrapassou US$ 1,16 por euro, também pressiona os preços ao reduzir a competitividade das exportações americanas. No Brasil, as médias CEPEA apresentam leve queda, à medida que se aproximam as colheitas no Paraná e no Rio Grande do Sul.
A soja registra leve alta em Chicago, com o contrato para setembro cotado a US$ 1.031,25 por bushel, impactada pela seca que persiste em grande parte do cinturão soja/milho e pode comprometer a produtividade das lavouras em estágio inicial. A TF Agroeconômica destaca que a falta de demanda chinesa e a concorrência da América do Sul limitam os ganhos, mas a visita de representantes chineses aos EUA pode alterar a dinâmica do mercado, estimulando atenção especial por parte dos produtores.
O milho, por sua vez, apresenta pequena baixa em Chicago, com o contrato para setembro cotado a US$ 386,00 por bushel, pressionado pelo início da colheita recorde nos Estados Unidos. Segundo a TF Agroeconômica, os preços ainda encontram sustentação devido ao desempenho favorável das exportações e à relutância dos agricultores em entregar seus novos grãos abaixo dos níveis mínimos de contratos ativos. No Brasil, a demanda de exportação e a competição com indústrias locais mantêm os preços levemente mais altos.
No cenário regional, os preços em países vizinhos como Argentina, Paraguai e regiões específicas do Brasil mostram variações pequenas, refletindo equilíbrio entre oferta e demanda, enquanto operadores monitoram de perto o andamento das safras e a influência de fatores climáticos e cambiais sobre os preços internacionais.