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Produtores de citros enfrentam desafios na comercialização

Safra de citros avança com preços pouco atrativos



Foto: Seane Lennon

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (21), a colheita de citros no Rio Grande do Sul avança em diferentes regiões, com impactos distintos sobre preços e comercialização.

Na região de Caxias do Sul, o tempo seco e as temperaturas amenas favoreceram tanto a colheita quanto os tratamentos fitossanitários, principalmente com cúpricos. Estão em colheita as variedades de laranja Monte Parnaso e Lane Late. Segundo a Emater, “o preço da laranja de umbigo mesa varia de R$ 1,40 a R$ 1,50/kg, enquanto a laranja para suco está a R$ 0,70/kg”. Para os produtores, a grande quantidade de frutas na safra dificulta a obtenção de valores mais elevados.

 

Em relação às bergamotas, segue intensa a colheita da variedade Montenegrina, que alcança preços de R$ 2,00/kg, e da Murcott, vendida a R$ 1,80/kg. A Ponkan está em fase final de colheita.

No Vale do Caí, a colheita da Montenegrina avança, chegando a 30% em São José do Hortêncio e Pareci Novo, e até 65% em São Sebastião do Caí e Bom Princípio. Apesar do ritmo, o preço pago pela caixa de 25 quilos não agrada os produtores, ficando entre R$ 30,00 e R$ 60,00, dependendo da qualidade e do município.

A colheita da variedade Ponkan também se aproxima do fim na maioria das propriedades. Em São José do Hortêncio, a produção já alcançou 85%, com valores entre R$ 30,00 e R$ 40,00 por caixa de 25 quilos. Em Bom Princípio, 95% da safra foi colhida, com preços entre R$ 25,00 e R$ 40,00. A Murcott, em início de colheita, atinge até 15% da área cultivada, com preços de R$ 50,00 a R$ 75,00 a caixa.

No caso da laranja Valência, destinada à indústria de suco, a comercialização está lenta. Em Bom Princípio, mesmo com 70% da área colhida, as empresas compram volumes reduzidos. O preço é de R$ 10,00 a caixa de 25 quilos. Para consumo in natura, o valor chega a R$ 35,00. Já a laranja de umbigo Monte Parnaso, cultivada em São José do Hortêncio, é vendida entre R$ 50,00 e R$ 60,00 a caixa.

O limão Tahiti apresentou reação nos preços devido à menor oferta. Contudo, a qualidade foi prejudicada pelo frio excessivo e pela falta de luminosidade, fatores que favoreceram o avanço da doença conhecida como podridão floral dos citros, que causa queda de flores e frutos. Em Bom Princípio e São Sebastião do Caí, a lima ácida Tahiti alcança 70% da colheita, com preços entre R$ 60,00 e R$ 70,00 por caixa de 25 quilos para consumo in natura. Para indústria, o valor é de R$ 10,00, sem saída no momento.

Segundo o informativo, a situação traz incertezas quanto à evolução dos preços até o fim da safra.

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