
A análise do Itaú BBA aponta que o mercado de fertilizantes segue com alta volatilidade e custos elevados. A ureia, em particular, teve variações expressivas no último mês, com os preços sendo impulsionados pelo conflito entre Israel e Irã e pela interrupção do fornecimento de gás natural israelense ao Egito. Com o fim do conflito, os preços cederam em relação ao pico observado, mas ainda se mantêm em patamar elevado. A queda nos preços do gás natural e o retorno da produção no Egito contrabalançam a pressão gerada pela demanda indiana. A Índia não tem conseguido atender completamente seus volumes, o que mantém o mercado aquecido.
Segundo o relatório, no segmento de fosfatados, o cenário permanece firme, sustentado por custos elevados de matérias-primas, oferta restrita e procura constante. O aumento nos preços do ácido fosfórico, insumo base para o fosfatado, sinaliza uma tendência de valorização na cadeia produtiva. A demanda segue sólida no Brasil e na Índia.
De acordo com o banco, em relação ao mercado de potássicos, a análise aponta estabilidade. No entanto, acordos recentes entre China e Índia estabeleceram novos patamares mínimos para o produto no mercado internacional, sinalizando possível valorização futura. Brasil e Índia são os principais importadores no momento. A análise observa que a desvalorização do real pode agravar os custos para o setor agropecuário. A alta cambial encarece defensivos e fertilizantes. No caso dos fertilizantes, que já operam com preços elevados, o impacto tende a ser ampliado em função de uma possível piora na relação de troca com os grãos.