Soja fecha em leve alta na CBOT com apoio de chuvas na Argentina
Os derivados também acompanharam o movimento.

Segundo informações da TF Agroeconômica, a soja encerrou o pregão desta terça-feira (27) em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado foi sustentado por preocupações com o clima na Argentina e pela trégua temporária nas tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia. O contrato de julho, referência para a safra brasileira, subiu 0,21%, fechando a US$ 10,62/bushel. Já o vencimento de agosto teve valorização de 0,19%, cotado a US$ 10,58/bushel.
Os derivados também acompanharam o movimento. O farelo de soja para julho avançou 0,03%, encerrando a US$ 296,30 por tonelada curta. O óleo de soja teve alta mais expressiva, de 0,45%, fechando o dia a US$ 49,57 por libra-peso. Apesar dos embarques reduzidos em 13,51% e da colheita praticamente encerrada no Brasil, o mercado encontrou suporte em fatores externos.
Na Argentina, as lavouras de soja enfrentam excesso de chuvas, o que já levanta preocupações quanto à perda de qualidade dos grãos e até redução de produtividade. De acordo com um consultor americano ouvido pela TF Agroeconômica, a estimativa é de uma quebra de até 1,5 milhão de toneladas na safra argentina, cenário que reforça os fundamentos altistas no curto prazo.
Outro fator de influência foi a decisão do presidente americano, Donald Trump, de recuar temporariamente da ameaça de impor tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia. O prazo para uma decisão foi postergado para 9 de julho, o que trouxe alívio ao mercado. Essa trégua beneficia diretamente as exportações americanas de soja, já que a União Europeia aumentou suas compras da oleaginosa no último ano comercial.