Mercados de grãos com movimentos distintos
A soja opera em alta na Bolsa de Chicago

Os mercados de grãos iniciaram esta quarta-feira (13) com movimentos distintos entre trigo, soja e milho. Segundo informações da TF Agroeconômica, o trigo apresenta leves oscilações nos EUA, influenciado pela queda do milho, pela entrada de suprimentos do Hemisfério Norte e pelas condições favoráveis para a colheita de primavera nas Grandes Planícies do Norte. No Brasil, o CEPEA registrou o preço do trigo em R$ 1.462,21 no Paraná (-0,18% no dia) e R$ 1.316,63 no Rio Grande do Sul (+1,12% no dia).
A soja opera em alta na Bolsa de Chicago, sustentada pela redução das estimativas do USDA para a safra americana, de 117,98 para 116,82 milhões de toneladas, abaixo das previsões privadas de 118,80 milhões. O estoque final também foi cortado de 8,44 para 7,89 milhões de toneladas. Além do efeito do relatório, a previsão de clima seco no Centro-Oeste dos EUA nos próximos dias adiciona preocupação com perdas de produtividade, reforçando a tendência de valorização. No mercado interno, o CEPEA apurou a soja a R$ 133,20 no interior do Paraná (-0,19%) e R$ 139,30 em Paranaguá (-0,71%).
Já o milho mostra recuperação parcial em Chicago após a forte queda da véspera, provocada pelo aumento inesperado da estimativa do USDA para a safra dos EUA, que subiu de 398,93 para 425,26 milhões de toneladas — número acima do intervalo esperado pelo mercado. A revisão refletiu área maior e produtividade recorde, elevando também os estoques finais de 42,17 para 53,77 milhões de toneladas. No Brasil, o milho foi cotado pelo CEPEA a R$ 63,89 (+0,38% no dia).
No mercado regional, o trigo argentino para setembro é negociado entre US$ 238 e US$ 230 FOB Uruguai, enquanto no Paraguai os preços variam de US$ 240 em Cascavel a US$ 255 em Curitiba. Para a soja, Assunção registrou US$ 389,49 (+9,90), e o milho no interior paraguaio é cotado a US$ 145/147. Esses movimentos refletem um dia de ajuste, com investidores atentos tanto aos fundamentos climáticos quanto aos impactos das revisões do USDA sobre a oferta global.