Milho recua na B3 e em Chicago: Confira
No mercado físico, os preços atingiram um teto e permanecem estáveis

O mercado do milho encerrou a terça-feira (5) em queda tanto na B3 quanto na Bolsa de Chicago, pressionado pela valorização da safra americana e pela queda do dólar. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos futuros da B3 devolveram parte dos lucros recentes, diante da competitividade reduzida do milho brasileiro frente ao grão norte-americano.
Na B3, os preços futuros sentiram o impacto da combinação entre câmbio desfavorável e os recuos em Chicago, que renovou mínimas contratuais. O contrato para setembro/25 fechou a R$ 65,74, com queda de R$ 0,84 no dia, embora ainda registre alta de R$ 0,59 na semana. Novembro/25 caiu R$ 1,00 no dia, fechando a R$ 68,41, enquanto janeiro/26 teve a maior queda do dia: R$ 1,49, fechando em R$ 71,31.
No mercado físico, os preços atingiram um teto e permanecem estáveis. A Conab relatou que, apesar de haver atraso em relação ao ano passado, a colheita da segunda safra está apenas 2% atrás da média histórica. Grandes produtores já se aproximam da conclusão dos trabalhos, o que aumenta a pressão sobre os preços internos.
Já em Chicago, a baixa foi puxada pela confirmação de uma safra robusta nos Estados Unidos. A cotação de setembro caiu 1,49% ou 5,25 cents, encerrando a $ 381,25/bushel. Dezembro recuou 1,23%, a $ 402,00. Analistas destacam que a produção pode superar 414 milhões de toneladas, bem acima das projeções do USDA, sustentada pelo clima favorável e pela boa qualidade das lavouras. Mesmo com a confirmação de uma venda de 127 mil toneladas para destino desconhecido, o mercado seguiu ignorando a demanda e focando na oferta elevada.