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Preço da soja é contido por câmbio em queda

Exportações de soja dos EUA crescem 11% no ano



Foto: Divulgação

O mercado internacional da soja segue estável, com cotações praticamente inalteradas nas últimas semanas em Chicago. Segundo análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), divulgada nesta quinta-feira (5), o contrato com vencimento mais próximo encerrou o pregão cotado a US$ 10,51 por bushel, repetindo o valor da semana anterior. A média de maio também foi de US$ 10,51, o que representa alta de 2,2% em relação à média de abril.

De acordo com o Ceema, "as atenções do mercado estão voltadas ao clima nos EUA, em função da proximidade do encerramento do plantio da oleaginosa por lá, e do conflito comercial entre China e EUA". Enquanto isso, no Brasil, a valorização do real, que fez o câmbio recuar para R$ 5,59 por dólar no dia 5 de junho, limitou a evolução dos preços da oleaginosa no mercado interno. As cotações oscilaram entre R$ 106,00 e R$ 123,00 por saca nas principais regiões produtoras. No Rio Grande do Sul, a média semanal foi de R$ 121,12, mas em diversas praças locais os preços recuaram para R$ 119,00.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) informou que, até 1º de junho, 84% da área prevista para o cultivo da soja já havia sido plantada. Em 2023, esse percentual era de 77%, enquanto a média histórica é de 80%. Também foi registrada uma taxa de germinação de 63%, ante 57% da média histórica. Além disso, 67% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições.

No que se refere às exportações norte-americanas, os embarques da semana encerrada em 29 de maio somaram 268.343 toneladas, volume que ficou dentro das expectativas do mercado. Com esse desempenho, os EUA já acumularam 44,6 milhões de toneladas exportadas no atual ano comercial, 11% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

O Ceema também destaca a expectativa do mercado em relação ao próximo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para o dia 12 de junho. Outra variável que influencia o comportamento das cotações é a crescente competitividade da soja norte-americana em destinos alternativos à China. "Parte dessa competitividade maior da soja estadunidense passa pelos prêmios mais altos no Brasil, já que os produtores têm segurado o produto esperando preços melhores e não haveria mais soja disponível da safra velha", aponta a entidade. Com isso, há expectativa de recuperação dos preços nos próximos meses no mercado brasileiro.

No cenário interno, a Aprosoja do Mato Grosso do Sul informou que a área de cultivo da soja para a safra 2024/2025 atingiu 4,5 milhões de hectares, com produtividade média estimada em 51,8 sacas por hectare e produção total de 14,06 milhões de toneladas.

Já no estado do Mato Grosso, inicia-se no próximo sábado, 8 de junho, o período do vazio sanitário da soja. A medida proíbe o cultivo e a presença de plantas vivas da oleaginosa até 6 de setembro, com o objetivo de prevenir a incidência do fungo causador da ferrugem asiática.

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