Exportações de maio do agro gaúcho seguem em queda na comparação com 2024
Em maio de 2025, o setor exportou menos e por preços menores

A Farsul divulgou, nesta quarta-feira (02/07), os resultados das exportações gaúchas de maio de 2025. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda de 15% no valor exportado (um total de US$ 1 bilhão em emrelação a US$ 1,1 bilhão no mesmo período de 2024) e de 17% no volume, um total de 1,3 milhão de toneladas. Em maio de 2024, o estado exportou 1,6 milhão de toneladas.
O valor total comercialziado pelo Estado no período foi de US$ 1,5 bilhão, com o agronegócio sendo responsável por 65% deste montante. Em termos de volume, o agronegócio representa 85% do total estadual no período.
No acumulado de 2025, o agro gaúcho exportou um total de US$ 5,1 bilhões, um valor 0,8% menor do que no mesmo período de 2024.
Estiagem segue sendo o principal fator para a queda nas exportações
A queda de valor e volume no período acontece principalmente pelas baixas exportações de soja em grão, que teve uma diminuição de US$ 146 milhões na comparação. fumo, produtos florestais e cereais também tiveram queda nos valores exportados.
A baixa exportação de soja em grão se deve principalmente pelo forte impacto da estiagem. Já o arroz teve pouco estoque formado para exportação no ano passado.
A China, pela primeira vez no ano, teve uma participação acima de 20% nas exportações do setor, mas o acumulado de janeiro a maio ainda está abaixo do registrado no mesmo período de 2024, com quedas importantes na soja e na carne. Um dos fatores que influenciaram essa queda é a suspensão das importações de carne de frango pelo país asiático no período, devido ao caso de gripe aviária que atingiu alguns pontos do estado.
Os principais parceiros comerciais do estado em maio foram a Ásia (sem Oriente Médio), que segue como o principal destino das exportações do agro gaúcho, totalizando US$ 437 milhões e 763 mil toneladas. Em segundo lugar temos a Europa, que atingiu US$ 220 milhões, sendo US$ 203 milhões para a União Europeia. Em seguida temos o Oriente Médio, que atingiu US$ 194 milhões.
Quanto aos países, China aparece em primeiro lugar com US$ 230 milhões e participação de 22,9% no valor. Em segundo lugar temos os Estados Unidos com 9,4%, Indonésia com 6,1%, Bélgica com 5,9% e Turquia com 3,7%.