Café mantém preços firmes com clima como risco
No mercado internacional, os preços demonstram esse contexto

O mercado de café segue com preços firmes, sustentados por fatores que mantêm as cotações em alta no cenário internacional. A StoneX aponta que a previsão para a safra brasileira de arábica em 2025/26 foi revisada para baixo, com expectativa de queda superior a 18% em relação à estimativa anterior. Essa redução reforça a percepção de oferta limitada, especialmente diante de estoques globais historicamente baixos para o período.
A diminuição na produção de arábica no Brasil, somada às revisões negativas nas estimativas de safra, contribui para um cenário altista. Esses elementos pressionam os contratos futuros, refletindo a preocupação do mercado com a disponibilidade do produto frente à demanda constante. O clima aparece como o principal fator de risco, podendo impactar tanto a produtividade quanto a qualidade do café.
No mercado internacional, os preços demonstram esse contexto de incerteza. Em Nova Iorque, o contrato mais líquido do arábica acumulou alta superior a 39% em agosto, avançando 2,1% na última semana. Em Londres, o robusta valorizou 47,7% no mês e 3,5% na semana, evidenciando o movimento firme nos preços globais.
No Brasil, segundo o indicador Cepea, o arábica subiu 31% em agosto e 4,2% na última semana, enquanto o robusta avançou 49% no mês e 5,6% na semana. Com estoques apertados e clima incerto, o mercado acompanha de perto os desdobramentos da safra e a oferta de café nos próximos meses.
Diante desse cenário, produtores, exportadores e investidores permanecem atentos às condições climáticas e à evolução da safra, pois qualquer alteração significativa pode gerar forte volatilidade nos preços e impactar diretamente a economia do setor cafeeiro brasileiro.