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Falta de sol e frio desaceleram crescimento das pastagens

Santa Rosa adota manejo para preservar rebrota



Foto: Canva

As condições climáticas registradas nas últimas semanas no Rio Grande do Sul têm impactado negativamente o desenvolvimento das pastagens. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quarta-feira (18), o frio intenso, a ocorrência de geadas e a baixa insolação reduziram o crescimento das forrageiras em várias regiões do Estado.

Apesar do cenário adverso, algumas áreas de campo nativo e pastagens cultivadas ainda permitiram um nível de pastejo, complementado por silagem e sal proteinado. “De forma geral, a oferta de forragem foi suficiente para manter o desempenho dos rebanhos”, informa o boletim. No entanto, nas propriedades que dependem exclusivamente do campo nativo, já há relatos de prejuízos na condição corporal dos animais.

Na região de Bagé, na Campanha, as geadas intensas queimaram grande parte da massa verde, o que reduziu a oferta de forragem. Em Caxias do Sul, o trigo forrageiro apresentou bom desenvolvimento e tem sido utilizado para pastejo.

Na região de Erechim, a umidade do solo favoreceu o crescimento das culturas de verão e das gramíneas nativas e perenes de inverno, mesmo com as temperaturas baixas. Já em Frederico Westphalen, as chuvas frequentes impediram a aplicação de fertilizantes e dejetos de suínos, práticas que costumam estimular as pastagens.

Em Ijuí, os altos volumes de chuva dos últimos dias não geraram necessidade de replantio nas áreas de pastagem. Em Passo Fundo, o frio mais intenso desacelerou ainda mais o crescimento das espécies forrageiras do campo nativo, exigindo a transferência dos bovinos para pastagens cultivadas. Na região de Pelotas, a oferta de pastagens de inverno permanece limitada. A estiagem de outono atrasou os plantios e, mesmo nas áreas implantadas no período ideal, o desenvolvimento foi prejudicado pela falta de água.

O cenário em Porto Alegre foi mais favorável, com as condições climáticas favorecendo o desenvolvimento das pastagens de inverno. Em Santa Maria, o campo nativo permanece estagnado, com forragem de baixa qualidade e alto teor de fibra. Na região de Santa Rosa, os produtores estão evitando o pastejo para preservar a rebrota e o enraizamento das plantas, minimizando os efeitos do pisoteio. Em Soledade, as pastagens perenes, as anuais de verão e os campos nativos apresentam baixa oferta de volumoso devido ao frio.

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