CI

Minas Gerais reforça controle do greening nos citros

Minas cobra relatório fitossanitário até 15 de julho



Foto: Seane Lennon

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) alertou que os produtores de citros têm até o dia 15 de julho para entregar ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) o Relatório de Vistoria Fitossanitária do Greening (HLB), referente ao primeiro semestre de 2025. A exigência, prevista em normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é obrigatória para citricultores de cerca de 275 municípios mineiros.

O documento deve ser preenchido por engenheiro agrônomo habilitado no curso de Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), oferecido pelo IMA, e enviado exclusivamente por meio do sistema digital disponível no portal de serviços do órgão, mediante login com cadastro GOV.br.

Segundo a Seapa, além dos 77 municípios com registros oficiais da praga, a obrigatoriedade se estende a regiões classificadas como de risco, incluindo áreas vizinhas a estados com foco, como São Paulo, e localidades com alta probabilidade de ocorrência. A segmentação segue critérios técnicos definidos em portarias estadual e federal, considerando presença de focos, áreas limítrofes e possibilidade de disseminação.

O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, ressaltou a importância do monitoramento contínuo. “A entrega do relatório é uma medida estratégica para evitar a disseminação do greening. É fundamental que os produtores cumpram essa obrigação dentro do prazo”, afirmou.

Desde a detecção dos primeiros focos da doença em Minas Gerais, há cerca de duas décadas, o IMA realiza ações sistemáticas de prevenção e controle. Em 2024, mais de 3 mil atividades foram executadas, entre vistorias, fiscalizações e orientações técnicas. O instituto também promoveu levantamentos em áreas sem histórico da praga, como forma de identificar precocemente possíveis ocorrências.

O IMA também desenvolve o programa Viva Citros, que visa fortalecer as boas práticas e conscientizar os produtores sobre a importância da prevenção. Neste ano, o programa já foi implementado no Noroeste de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata, com previsão de expansão para a região de Teófilo Otoni até o fim de junho.

Transmitido pelo inseto Diaphorina citri, o greening pode permanecer latente por até dois anos. Durante esse período, a planta pode não apresentar sintomas visíveis, o que dificulta a detecção. Por isso, o monitoramento técnico e a comunicação imediata com o IMA em casos de suspeita são considerados essenciais para o manejo adequado.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.