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Setores do Paraná temem prejuízo com tarifa dos EUA

FAEP alerta para impactos da tarifa dos EUA sobre exportações do Paraná



Foto: Pixabay

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) emitiu nota técnica nesta semana manifestando preocupação com a tarifa de 50% que será aplicada pelos Estados Unidos a todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto de 2025. A entidade afirma que a medida representa “um cenário de profunda preocupação para a economia do Paraná”.

De acordo com a FAEP, os Estados Unidos consolidaram-se como o segundo principal parceiro comercial do estado, com exportações que somaram US$ 1,587 bilhão em 2024. "Essa medida unilateral ameaça uma relação comercial historicamente importante para o Estado, principalmente no que se refere ao setor do agronegócio", destacou a entidade.

Entre os setores mais expostos ao impacto da tarifa estão produtos florestais, café, couros, pescados e alimentos processados. A FAEP aponta que o aumento no custo de exportação pode inviabilizar economicamente a operação de muitos desses segmentos. “A análise técnica indica a inviabilidade comercial para muitos desses produtos, o que pode levar a aumento nos custos de produção, desemprego e queda nos preços internos”, afirma o documento.

No primeiro bimestre de 2025, os Estados Unidos figuraram como o terceiro maior destino das exportações paranaenses, com US$ 214,05 milhões. Apenas em janeiro, as vendas ao país somaram US$ 94,37 milhões. Para a FAEP, essa regularidade confirma que os EUA não são apenas um mercado eventual, mas um elemento estrutural na pauta exportadora do Paraná.

A nota também chama atenção para os efeitos diretos sobre produtos com margens de lucro reduzidas, como o setor de couros, que já enfrentou queda de receita em 2024. “A elevação dos custos de exportação em 50% significa que os produtos paranaenses se tornariam mais caros para os importadores americanos, resultando em uma perda direta de mercado, e não apenas em uma contração temporária”, ressalta a entidade.

Diante do cenário, a FAEP defende uma atuação diplomática coordenada para tentar reverter ou mitigar os efeitos da medida. “Reiteramos o compromisso com um sistema de comércio multilateral justo, não discriminatório, aberto, equitativo e transparente”, conclui o posicionamento.

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