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Silvicultura gaúcha mantém ritmo com foco no eucalipto

Madeira de eucalipto mantém alta demanda



Foto: Pixabay

A atividade florestal no Rio Grande do Sul segue impulsionada pela produção de eucalipto, mesmo diante de entraves causados pelas condições climáticas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (3), a silvicultura continua sendo um setor relevante em várias regiões do estado, com destaque para o uso de cultivares clonais e crescente interesse no reflorestamento.

Na região administrativa de Frederico Westphalen, produtores realizaram tratos culturais como plantio de mudas, adubação e controle de formigas cortadeiras. Em áreas mais jovens, com até três anos de idade, a principal prática é a poda de formação, enquanto os povoamentos com seis a sete anos passam por desbaste para melhorar a qualidade da madeira. “Essas práticas são fundamentais para garantir o aproveitamento comercial do cultivo”, aponta o boletim.

Em Lajeado, o cultivo de eucalipto se consolida como a principal atividade agropecuária em municípios como Taquari e Tabaí. A produtividade varia entre 350 e 450 m³/ha, em ciclos de seis anos. Entretanto, o excesso de chuvas comprometeu o preparo do solo e pode atrasar os plantios previstos para a primavera. “Mesmo com viveiros protegidos, o desenvolvimento das mudas tem sido limitado”, informa a publicação.

Apesar das dificuldades logísticas, como o escoamento da produção em estradas danificadas, a colheita e a comercialização seguem ativas. O boletim também destaca o aumento da procura por reflorestamento, inclusive por produtores de grãos afetados por perdas climáticas. A produção de carvão vegetal, voltada principalmente à Região Metropolitana e aos vales do Taquari, Caí e Rio Pardo, permanece estável. Um exemplo da diversificação do setor é a fábrica de cavacos em Paverama, que amplia a demanda regional por madeira.

Em Passo Fundo, a silvicultura é limitada e baseada em bosques antigos, com colheita em fase final. “A baixa renovação de áreas florestais pode provocar escassez de matéria-prima nos próximos anos”, adverte o informe. A região já importa madeira para suprir sua demanda energética. Os preços médios apontados são de R$ 300,00 por metro cúbico para madeira em pé voltada à serraria e R$ 120,00/m³ estéreo para lenha entregue na indústria.

Quanto ao Pinus spp., os preços variam conforme o diâmetro das toras. Já o cultivo de acácia-negra segue em queda na região de Lajeado, com produtores optando por substituí-la pelo eucalipto, em razão da maior rentabilidade e da demanda crescente.
 

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