Soja fecha em alta em Chicago
A valorização ocorreu após três sessões consecutivas de queda

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o pregão desta quinta-feira (11) em alta, impulsionada por compras de oportunidade e pela expectativa em torno da divulgação do relatório WASDE. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de agosto – referência para a safra brasileira – subiu 0,35%, ou 3,50 cents/bushel, fechando a US\$ 1012,50. O contrato de setembro avançou 0,48%, a US\$ 1002,25. O farelo de soja para agosto subiu 0,74% (US\$ 2,00/t curta), para US\$ 271,40, enquanto o óleo teve alta de 0,38% (US\$ 0,20/libra-peso), encerrando a US\$ 53,49.
A valorização ocorreu após três sessões consecutivas de queda, com os fundos retomando as compras técnicas diante das cotações próximas às mínimas de três meses. Também contribuiu o relatório semanal de exportações dos EUA, que apontou aumento de 7,13% nas vendas em relação à semana anterior, somando as duas safras.
Do lado brasileiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez leve ajuste na estimativa da safra 2024/25, que passou de 168,61 para 169,49 milhões de toneladas. Apesar da alteração tímida, o número representa um crescimento de 14,7% em relação ao ciclo anterior. As exportações de soja foram ligeiramente reduzidas, de 106,24 para 106,22 milhões de toneladas. Já os volumes de farelo e óleo permaneceram estáveis.
Outro fator de atenção é o avanço dos prêmios de exportação no Brasil, especialmente para setembro, que passaram de +36 para +164 cents/bushel – movimento considerado altista para o mercado interno. Além disso, a recente desvalorização do real, impulsionada pela ameaça de tarifas de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, pode favorecer as exportações e comprometer a competitividade da soja americana.