Soja recua em Chicago com avanço do plantio nos EUA e dólar mais fraco
Em Chicago, as cotações iniciaram a semana pressionadas

A semana foi marcada por forte volatilidade no mercado internacional da soja. Em Chicago, as cotações iniciaram a semana pressionadas, refletindo o bom desempenho do plantio nos Estados Unidos e as condições climáticas favoráveis nos principais estados produtores. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o avanço das lavouras segue dentro da média histórica, o que reforça a expectativa de uma safra cheia.
A análise é da Grão Direto, que destaca que, após semanas de recuperação, os preços voltaram a recuar diante da ausência de avanços concretos nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. A combinação de clima favorável nos EUA e a falta de novidades no cenário geopolítico contribuiu para um ambiente de incerteza no mercado futuro.
No Brasil, a colheita da soja está praticamente finalizada. Os únicos entraves relatados envolvem pontuais problemas de qualidade nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Com a safra nacional já colhida, o foco do mercado se volta para os prêmios de exportação, que seguem pressionados pela lentidão nos embarques. Ainda assim, a competitividade da soja brasileira em relação à americana garante certo suporte nos preços.
Outro fator de influência foi o recuo do dólar, que encerrou a semana cotado a R$5,69. A queda da moeda americana limitou os ganhos no mercado físico, contribuindo para um ritmo mais lento de comercialização. Com a combinação de preços instáveis e câmbio desfavorável, os produtores adotam postura mais cautelosa nas negociações.
Para os próximos dias, a tendência de clima seco nos Estados Unidos deve manter a pressão sobre Chicago. Ao mesmo tempo, a revisão para baixo nas estimativas de exportação brasileira feita pela ANEC e os prêmios fragilizados indicam um mercado físico ainda em compasso de espera. Nesse cenário, especialistas recomendam atenção à gestão de margem, aproveitamento de repiques e monitoramento constante do dólar e dos prêmios de exportação.