Feira internacional divulga novidades na batata
O simpósio reuniu 35 palestrantes e cerca de 400 participantes

Durante o International Potato Symposium, realizado na feira Macfrut em Rímini, especialistas destacaram os principais desafios enfrentados pela cadeia produtiva da batata, como os impactos das mudanças climáticas, a redução da produção global e o avanço de pragas e doenças. Segundo Luciano Trentini, coordenador do evento, a criação de uma Organização Comum de Mercado para a batata na União Europeia, implementada até o momento apenas pela Itália, pode impulsionar a modernização do setor.
“Durante o Simpósio da Macfrut, surgiram muitos temas. Um dos mais debatidos foi a organização do sistema produtivo. Este ano, uma novidade regulatória importante foi a criação de uma OCM (Organização Comum de Mercado) para a batata pela União Europeia. Por ora, apenas a Itália aplicou essa regulamentação, o que permite às organizações de produtores acessar programas operacionais semelhantes aos das frutas e hortaliças, com o objetivo de modernizar os processos produtivos, especialmente por meio da inovação”, comenta.
O simpósio reuniu 35 palestrantes de diversos países produtores e cerca de 400 participantes. Dados apresentados indicam que a produção mundial gira em torno de 375 milhões de toneladas por ano, liderada por China, Índia e Ucrânia. Na União Europeia, a produção foi de 48,5 milhões de toneladas em 2023, mas a oferta tem diminuído, pressionando os preços globalmente.
“Itália não é autossuficiente. Importa principalmente da França para suprir entre 40% e 50% de suas necessidades, além da Alemanha e de países mediterrâneos que fornecem batatas precoces. Estamos investindo em novas variedades italianas, pois hoje dependemos quase totalmente do exterior. As novas cultivares apresentadas na exposição, em frente ao simpósio, chamaram a atenção, assim como nossos produtos com seis denominações de origem. Como nossa produção é especializada, devemos buscar a excelência em qualidade”, conclui.