Arroz no RS: produção alta, preços baixos
Os preços do arroz permanecem abaixo do custo de produção

O produtor gaúcho de arroz segue cumprindo seu papel fundamental na cadeia produtiva, entregando qualidade, produtividade e alimento para o Brasil e o mundo, segundo Sérgio Cardoso, diretor de operações na Itaobi Representações. A safra 2024/2025 no Rio Grande do Sul apresenta números expressivos, com municípios como Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar e Itaqui liderando a produção com mais de 600 mil toneladas cada, segundo dados do Instituto Rio Grandense do arroz (IRGARS).
No entanto, apesar do esforço dos produtores, o mercado não está correspondendo à altura. Os preços do arroz permanecem abaixo do custo de produção, sem perspectivas claras de recuperação no curto prazo. Além disso, faltam instrumentos eficazes para a regulação do mercado, agravando a situação da cadeia.
O governo tem proposto contratos de opção para formação de estoques reguladores, mas essa medida não resolve o principal problema atual: o excesso de oferta no mercado interno. A única ferramenta com potencial real para equilibrar essa situação seria o Prêmio para Escoamento da Produção (PEP).
Com o PEP, seria possível retirar os excedentes do mercado interno, direcionar o arroz para mercados fora do Mercosul e reduzir a pressão sobre os preços praticados. Contratos de opção são limitados e não garantem um escoamento efetivo, deixando o produtor vulnerável. O setor produtivo está entregando sua parte; agora, é fundamental que o governo também faça sua parte, implementando políticas que assegurem retorno mínimo justo e sustentem a continuidade da produção de arroz no Rio Grande do Sul. As informações foram divulgadas na rede social LinkedIn.