Portaria estabelece diretrizes para a safra de soja
Agricultura regenerativa pode ampliar combate à ferrugem

De acordo com o Mapa, a doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, pode provocar perdas que variam de 10% a 90% nas regiões em que há níveis epidêmicos.
“O vazio sanitário é um período mínimo de 90 dias quando são proibidos o plantio ou a manutenção de plantas vivas de soja, sejam cultivadas ou voluntárias, em qualquer fase de desenvolvimento, na área estabelecida para cultivo”, explica Hudslon Huben, gerente sênior de efetividade e go to market da Orígeo, joint venture entre Bunge e UPL.
Segundo o Mapa, a eliminação de plantas voluntárias durante o vazio sanitário tem como objetivo reduzir o inóculo do fungo antes do início da safra, diminuindo os riscos de infestação e os custos de controle. O governo destacou ainda que a responsabilidade pela eliminação das plantas é do agricultor, que deve adotar medidas preventivas para não comprometer a produtividade futura.
O calendário de semeadura funciona como complemento ao vazio sanitário, ao estabelecer datas específicas para o plantio. De acordo com a legislação, só é permitido plantar fora dessas janelas em situações autorizadas pela Defesa Agropecuária, como produção de sementes, pesquisas ou eventos agrícolas.
Na safra 2025/2026, os prazos variam conforme os estados e, em alguns casos, por regiões. Em Mato Grosso, o vazio sanitário vai de 8 de junho a 6 de setembro e o plantio poderá ocorrer de 7 de setembro de 2025 a 7 de janeiro de 2026. Em Rondônia, o vazio será de 10 de junho a 10 de setembro, e a semeadura estará autorizada de 11 de setembro de 2025 a 9 de janeiro de 2026. Já nos estados do MATOPIBAPA, as datas também são diferenciadas, com início e término do vazio e do plantio definidos de forma regionalizada.
A empresa ressaltou que a integração do calendário de semeadura com práticas de agricultura regenerativa pode ampliar os resultados no controle da ferrugem. “Ao aliar o controle de pragas e doenças à agricultura regenerativa, é possível melhorar a saúde do solo, fortalecer a biodiversidade e aumentar a adaptação das lavouras contra pragas e doenças, incluindo a ferrugem asiática”, afirma Igor Borges, head de sustentabilidade da Orígeo.