Nos últimos tempos, os preços globais do arroz têm testemunhado uma tendência de queda, impulsionada pelo progresso da colheita em importantes países exportadores. Embora os Estados Unidos sejam uma exceção a essa tendência, mantendo níveis estáveis, há preocupações quanto à sua competitividade internacional.
De acordo com o Relatório de Perspectiva do Arroz do Departamento de Agricultura dos EUA, divulgado em 15 de abril, houve uma redução nas cotações dos preços de negociação para a maioria dos tipos de arroz integral moído regular da Tailândia. Essa diminuição, variando de 6% a 7%, é atribuída principalmente ao enfraquecimento do baht tailandês e ao início da entrada da safra da estação seca no mercado de exportação.
O relatório também revela que o preço do arroz branqueado de grãos longos 100% grau B da Tailândia para exportação atingiu US$ 590 por tonelada na semana que terminou em 9 de abril, marcando uma queda de US$ 43 em comparação com a semana anterior. No entanto, apesar dessas quedas recentes, os preços comerciais do arroz na Tailândia permanecem sustentados pelas proibições e restrições de exportação impostas pela Índia.
Da mesma forma, as cotações de preços dos grãos quebrados de 5% do Vietnã também diminuíram, chegando a US$ 585 por tonelada na semana encerrada em 9 de abril. Esse declínio é atribuído ao avanço da colheita da safra de inverno-primavera no Vietnã, onde essa cultura, totalmente irrigada, é a principal e representa a maior parte das exportações de arroz do país.
Por outro lado, no Paquistão, os preços do arroz caíram devido a uma colheita abundante que superou a demanda global recorde. E em países como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, os preços também registraram queda em relação ao mês anterior, impulsionados pelo progresso das colheitas.