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Soja fecha em baixa em Chicago pressionada por tensões

O avanço do plantio nos Estados Unidos contribui para pressionar os preços



O avanço do plantio nos Estados Unidos contribui para pressionar os preços O avanço do plantio nos Estados Unidos contribui para pressionar os preços - Foto: Canva

De acordo com a TF Agroeconômica, a soja encerrou o pregão desta segunda-feira (2) em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionada pelo aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e pelo avanço do plantio norte-americano. O contrato julho, referência para a safra brasileira, recuou 0,79%, ou -8,25 cents por bushel, fechando a US\$ 10,33,50. Agosto caiu 0,92%, ou -9,50 cents, a US\$ 10,27,25. No mercado de derivados, o farelo de soja julho recuou 0,81%, a US\$ 293,90 por tonelada curta, e o óleo de soja caiu 1,30%, a US\$ 46,28 por libra-peso.

Segundo a consultoria, o movimento de baixa foi intensificado pelas declarações do ex-presidente Donald Trump no fim de semana, defendendo o aumento das tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, elevando a tensão com a China. Em resposta, Pequim adotou uma postura firme, o que afastou as expectativas de um acordo comercial no curto prazo. A pressão também veio dos subprodutos da soja, que acompanharam o movimento de queda.

Além do fator geopolítico, o avanço do plantio nos Estados Unidos contribui para pressionar os preços. O mercado aguardava que o relatório do USDA, divulgado no fim do dia, apontasse 68% das lavouras em condições boas ou excelentes, o que reforça a expectativa de uma safra cheia. A ampla disponibilidade da soja brasileira também atua como fator de pressão sazonal neste momento.

No cenário interno, outro ponto de atenção é o aumento da oferta brasileira de óleo de soja no mercado externo. Com demanda fraca por biodiesel no Brasil, muitos distribuidores não estão retirando as cargas contratadas, o que gera acúmulo de produto. Segundo a TF Agroeconômica, as margens de esmagamento seguem baixas, forçando o Brasil a oferecer óleo para exportação a preços mais competitivos que os da Argentina, líder global nesse mercado.
 

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